A sede da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) recebeu um grupo de americanos executivos da Carbon Care International (CCI), para conhecer a iniciativa que pretende negociar créditos de carbono na região do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
O encontro aconteceu na última quarta-feira (6) e discutiu o projeto REED Plus. De acordo com assessoria de imprensa da Famasul, este projeto é inédito no Estado e busca adesão do governo e de outras instituições.
A reunião contou com a presença dos diretores da CCI, Matt Walsh e Robert Hiil, e do representante da instituição em MS, Renato Roscoe. Segundo o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, o diagrama trata-se de um mecanismo para captação de recursos para aqueles produtores que estão impedidos de tocar sua produção e que ainda não foram indenizados desde a formação do parque.
Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, a venda de créditos de carbono pode ser uma alternativa para que produtores rurais possam ser ressarcidos pela recuperação de áreas degradadas. Para a senadora, os agricultores que fizerem ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa poderiam conseguir compensações financeiras de empresas poluidoras.
Pelo projeto serão levantados dados sobre o estoque de carbono do Parque da Bodoquena e região do entorno. Criado em 2000, o Parque tem previsão de área de 76,4 mil hectares abrangendo 68 propriedades dos municípios de Bonito, Bodoquena, Miranda e Porto Murtinho. Apenas 17% das propriedades foram adquiridas pela União para composição do parque.
Com a intenção de remunerar ações contra desmatamento e, assim, contribuir para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, foi desenvolvido o conceito de Redução de Emissão de Desmatamento e da Degradação (REED), adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU).