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Rural Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2015, 14:17 - A | A

Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2015, 14h:17 - A | A

Lançamento do 4º Congresso Florestal reúne lideranças do setor e dirigentes do estado

Kemila Pellin - Capital News

A Associação Sul Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) promoveu na manhã desta quinta-feira (26), na sede Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems), o lançamento do 4º Congresso Florestal, que será realizado nos dias 13 e 14 de abril em Campo Grande.

O Congresso tem como objetivo atrair mais indústrias para o estado e diversificar a produção a partir da madeira plantada. O tema de 2015 será “Novos Desafios da Indústria de Árvores no Mato Grosso do Sul”, sendo discutido por palestrantes que compartilharão suas experiências para o desenvolvimento do setor.

Atualmente em MS são 800 mil hectares de áreas plantadas, com duas fábricas de celulose e uma de papel, além da indústria de MDF que está se instalando aqui. Segundo o diretor executivo da Reflore/MS, Benedito Mário, isso equivale a mais ou menos 80 mil empregos gerados. “Para vocês terem um dado, a cada dez hectares plantados você gera um emprego na cadeia, se nós temos mais de 800 mil, então nós temos mais de 80 mil empregados na cadeia produtiva, fora o que exerce no comércio, os indiretos, que dão um enfeito multiplicador”.

Moacir Reis, presidente da Reflore/MS destaca que o estado já o terceiro maior em áreas plantadas, ficando atrás de Minas Gerais e São Paulo e ressalta que até 2020 MS deve chegar á 1 milhão de hectares plantados. O presidente explica que o consumo de madeira no estado atualmente é de 1 milhão de metros³ por mês, o que movimentam em torno de R$ 100 milhões na região da costa leste, que envolve as cidade de Três Lagoas, Água Clara, Ribas do Rio Pardo e outras.

Nesse sentido, Dito Mário defendeu que não basta apenas ter milhares de hectares plantados se o que é produzido neles não forem aproveitados. “Nós temos um maciço de 800 mil hectares e até mais do que isso, mas nós precisamos que esse maciço seja industrializado e seja convertido em produtos que possam atender a sociedade”. O secretário ainda defende que o estado é um dos melhores em questões socioambientais para se manter uma indústria. “MS hoje tem, talvez a melhor política ambiental. Tem desoneração da licença, tem todos os fatores possíveis para que possamos atrair empresas”.

Segundo Dito Mário, o que falta no estado, para que a empresas sintam confiança em construir seus pólos em MS é uma política de governo mais abrangente. “Faltam incentivos fiscais, tributários, mas acima de tudo, a estruturação dos municípios. Porque quando uma empresa decidi vir para o município, ela tem que ter a infraestrutura necessária, de casas, hospitais, escolas. Mas não adianta ter só o prédio, é preciso que o estado também cuide dos professores, da qualificação das pessoas que vão ser usadas nessas industrias, então é um complexo muito grande”, pontua o secretário.
O secretário explicou que para tentar melhorar esses quesitos, está se reunindo com as secretárias do estado relacionadas ao setor, assim como com o próprio governador Reinaldo Azambuja, para juntos criarem alternativas interessantes.

O governador também participou do evento e reforçou que o estado está disposto a apoiar o setor de florestas, assim como tem feito com os demais. “Nós precisamos usar esse ativo realmente ampliando o setor industrial, o setor moveleiro, ampliando a possibilidade de geração de energia usando a biomassa das florestas plantadas, e ele ainda é um seguimento que tem uma ampla capacidade de expansão”.

Reinaldo ainda destacou que o plantio do eculipito pode recuperar as grandes áreas degradas pelo pecuária. “Então nós temos que construir esse ambiente destravando um parecer da AGU, que pode facilitar a trazer novos investimentos para o setor florestal, melhorando a logística, Porto de Bataguaçu, ferrovia Norte-Sul, ferrovia que liga até o porto de Porto Murtinho, isso tudo da competividade ao estado”. O governador ainda afirmou que irá diminuir a alíquota do diesel para gerar maior competitividade no estado.

Os deputados estaduais, Junior Moki e Márcio Fernandes, assim como o secretário de agricultura do estado Fernando Mendes Lamas, e demais lideranças do setor também participaram da reunião.

 

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