Em setembro, a Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) inicia o levantamento de custos da produção nos aviários das três principais regiões produtoras do Estado: Dourados, Sidrolândia e Região do Bolsão. O estudo deve orientar investimentos e negociações entre produtores e indústria.
O levantamento é inédito e atende demanda dos avicultores da região Sul do Estado, que por meio de suas associações e comissões de avicultores solicitaram o apoio técnico e operacional para a implantação do indicador do custo consolidado do avicultor para a produção de frango de corte.
A metodologia do estudo foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) e já é utilizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná (Faep). Os dados levantados no estado vizinho servem de referência para agentes do setor produtivo, órgãos públicos, sistema financeiro e instituições de ensino e pesquisa
A partir da premissa de que ‘quem não sabe quanto gasta, não sabe quanto ganha’, o levantamento mostrará a viabilidade do sistema de produção de cada propriedade, contribuindo para a sustentabilidade econômica da cadeia produtiva avícola. “O indicador vem atender à necessidade de referência do avicultor e servirá, também, de orientação para investimentos do setor”, reforça o presidente da Famasul, Eduardo Riedel.
Mato Grosso do Sul abateu em julho 12,7 milhões de aves, total 1,9% superior ao abatido em junho e 1,5% inferior a julho de 2010. O Estado exportou 9 mil toneladas, obtendo uma receita equivalente a US$ 25,42 milhões. Apesar da redução de 24,26% em peso líquido em relação ao exportado em julho do ano passado, a valorização do produto no mercado internacional fez com que o impacto não repercutisse negativamente sobre a receita, que se elevou em 5,28% em comparação ao igual período de 2010.
No comparativo dos primeiros sete meses do ano, o crescimento foi ainda mais expressivo. De janeiro a julho, MS exportou US$ 180 milhões em carne de frango, acréscimo de 31% em relação ao obtido no mesmo período do ano passado. O resultado é positivo principalmente pela valorização do produto, porque o número de abate de animais se manteve praticamente inalterado, na casa dos 85 milhões de aves.
Os avicultores buscam junto ao Governo do Estado a inclusão do setor no Programa de Avanços da Pecuária (PROAPE). Atualmente, o abate médio de 590 mil aves/dia registrado pela indústria é alimentado por 1,2 mil aviários espalhados pelo Estado. Desenvolvido basicamente por produtores de pequeno porte, o segmento gera cerca de 12 mil postos de trabalho.
O Brasil é hoje maior exportador de carne de frango e o terceiro país em produção de frangos de corte, respondendo por 30,37% da produção mundial. (Com informações da assessoria)