Não se pode colocar dúvida na relevância das plantas forrageiras para os sistemas produtivos no Brasil e no mundo. Elas são a base alimentar da bovinocultura de corte e de leite. Para o caso brasileiro, a importância dessas plantas é ainda maior, pois a criação de animais no pasto predomina no país. Aliás, para alguns especialistas este foi o diferencial que colocou o Brasil no patamar de maior exportador de carne.
Todavia, os mesmos especialistas sabem e ressaltam que para manter essa base, ou seja, a produtividade – e não fala-se apenas Brasil – é preciso avançar continuamente na melhoria das pastagens. Uma tarefa árdua que tem pela frente inúmeros desafios a começar pela mudança climática. Esse e outros assuntos como biotecnologia, produção de bioenergia foram destaque no III Simpósio Internacional sobre Melhoramento de Forrageiras (SIMF) realizado pela Embrapa e parceiros, em Bonito, Mato Grosso do Sul.
Segundo a coordenadora do III SIMF, a pesquisadora Cacilda Borges do Valle dois fatores motivaram a realização desta terceira edição, o resultado dos simpósios anteriores, que propiciaram novas perspectivas para pesquisa. E a possibilidade de compartilhar ideias e projetos que estão sendo executados em outros países.
“Qualquer programa de melhoramento genético não leva menos do que oito a dez anos para levantar um material. Então você tem que imaginar o que vai ser necessário para daqui oito a dez anos.
Caso contrário você não chega lá. Por isso precisamos usar experiências de quem faz isso há mais tempo e a única forma que vejo para isso é interagir. Foi muito importante trazer pessoas que fazem melhoramento de azevém, por exemplo, porque o azevém tem 50 anos de experiência de melhoramento. A partir dai, dá para observar o que deu certo e o que não deu e essa é a ideia principal de termos um Simpósio como esse”, explicou a melhorista.(Fonte: Folha do Fazendeiro)