Representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul buscam parceria com o governo do Estado para implantar a metodologia da Matriz de Insumo Produto (MIP) utilizada mundialmente.
A idéia é construir a MIP em MS até dezembro de 2012. Com a metodologia é possível reunir dados específicos de cada setor tais como preços de insumos, taxas de cambio, impostos, valor de mão de obra, entre outros.
De posse das informações, dados estratégicos de cada setor no desenvolvimento do Estado poderão ser avaliados. Será possível ainda antecipar cenários e auxiliar na construção de políticas públicas.
A discussão sobre a adoção da ferramenta em Mato Grosso do Sul reuniu, em Campo Grande, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MS), Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) e Universidades Fedais de Mato Grosso (UFMT) e Mato Grosso do Sul (UFMS).
“É uma metodologia mundial, já utilizada em outros estados, e que vai contribuir para que todos os setores produtivos possam ser analisados de forma isolada, com dados separados por produtos, e de forma interligada, analisando a relação entre produção, indústria, comércio e exportação”, explica a professora do Departamento de Economia e Administração da UFMS, Mayra Fagundes, que realiza pesquisa sobre a aplicação da MIP em MS.
De acordo com a coordenadora da pesquisa no Mato Grosso, Margarida Garcia de Figueiredo, da Faculdade de Economia da UFMT, a metodologia avalia 78 setores e 110 produtos.
“São dados que vão desde preços de insumos, taxas de cambio, impostos, valor de mão de obra, valor bruto de produção, entre outros tantos que possibilitam uma analise geral do impacto de cada setor sobre o desenvolvimento econômico da região estudada”, especifica.
Conforme Mayra, após a coleta dos dados, é criado um sistema que irá prever, por exemplo, quais os resultados em todas as cadeias, de um estimulo de produção em um determinado setor. “Isso vai contribuir para que as políticas públicas sejam mais assertivas“, explica.
O próximo passo das entidades é traçar uma proposta de parceiria com o governo do Estado que detém dados estratégicos para a pesquisa. "A Famasul quer fomentar a parceria entre as instituições", diz Eduardo Riedel, presidente da entidade.
(Com informações da assessoria de imprensa)