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Rural Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009, 07:11 - A | A

Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009, 07h:11 - A | A

MS tem 163 focos de ferrugem asiática

Da Redação (LM)

A estiagem no início da safra de soja, o vazio sanitário adotado pelos estados produtores e as aplicações de fungicidas na floração da soja conseguiram segurar a incidência da ferrugem asiática na safra 2008/2009.

No entanto, é preciso atenção, a partir de agora, porque além das chuvas frequentes que favorecem a doença, a colheita da soja precoce, em algumas regiões brasileiras, deve empurrar o fungo causador da ferrugem para as áreas de ciclo médio e tardio, avalia a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.

Cláudia explica que algumas áreas que estão sendo colhidas já perderam o efeito residual dos fungicidas, no entanto, o fungo causador da doença continua se multiplicando. Neste caso, os esporos do fungo, que é disseminado pelo vento, vão buscar novas plantas para se instalar. “Por isso, é importante monitorar a lavoura, mesmo depois de feita a primeira aplicação, nestas áreas, para definir se haverá necessidade de reaplicação e definir qual deve ser o intervalo a ser adotado”, alerta.

De acordo com o Consórcio Antiferrugem, atualmente, estão registrados 1139 focos, distribuídos na principais regiões produtoras de soja: Paraná (418), Goiás (193); Mato Grosso do Sul (163), Mato Grosso (131); Rio Grande do Sul (103); Bahia (65); Minas Gerais (28); Santa Catarina (19); São Paulo (9); Rondônia (9) e Maranhão (1).

O gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso Aprosoja/MT, Luiz Nery Ribas Para Nery Ribas, diz estar preocupado com aumento de focos nas últimas semanas, em decorrência das chuvas. “Estamos preocupados porque, no ano passado, as perdas foram maiores na soja de ciclo médio e tardio”, lembra. “É preciso redobrar o monitoramento da safra, apesar de muitos produtores já terem feito aplicações na floração da soja”.

Em Goiás, apesar dos 171 focos registrados, a severidade da doença não está alarmante como nos anos anteriores, informa o gerente de pesquisa e produção do CTPA, José Nunes Júnior. Para ele, este cenário é decorrente das condições climáticas que não favoreceram a doença. “Houve atraso nas chuvas”, explica.

De acordo com Nunes, o sudoeste goiano já está colhendo a soja precoce, mas ainda há muita soja de ciclo médio e tardio. “Portanto, a pressão do fungo sobre a soja deve ser grande agora. O produtor tem que estar atento e vigilante para evitar as perdas”, recomenda.

Confira a situação da ferrugem em outras regiões produtoras no Sistema de Alerta www.cnpso.embrapa.br.

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