Durante abertura da feira de teconologia, Tecnoagro 2014, ocorrida em Chapadão do Sul na quarta-feira (12), a doutora em entomologia Jurema Rattes, afirmou que os agricultores brasileiros terão de aprender a conviver com a lagarta Helicoverpa armigera, praga que tem apresentado grande resistência a inseticidas.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), informou que a pesquisadora explicou aos produtores rurais que eles precisarão de estratégias que amenizem os prejuízos causados pela lagarta, que ataca principalmente as lavouras, e é reconhecida pelo alto poder destrutivo.
“A Helicoverpa não será eliminada tão brevemente. Temos no Brasil inseticidas eficientes, mas a cada safra ela cria resistência e torna necessária a rotação, uma vez que o inseticida utilizado para eliminar a praga nesta safra já não terá o mesmo efeito na safra seguinte”, considera Jurema.
A pesquisadora explica que o desenvolvimento de um novo inseticida, com fórmula que combata ou diminua o potencial destrutivo da lagarta Helicoverpa, leva em torno de 10 anos e que não há registros recentes de pesquisas com esta finalidade.
“Por não se ter eficiência no combate da lagarta, será necessário o monitoramente contínuo na safrinha do milho, já que a praga ataca diretamente a espiga e dificulta ainda mais o controle”, alerta Jurema.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MSl), Mauricio Saito, as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, Fundações MS e Chapadão vão colaborar com os agricultores do Estado e inibir o impacto causado pela Helicoverpa nas lavouras.
“Temos pesquisadores e entidades que atuam diariamente para a evolução da agricultura e cumprem com o papel da pesquisa, de apresentar opções de desenvolvimento e possibilitar ao homem empreendedor novos investimentos”, enfatizou o presidente da Aprosoja/MS, Mauricio Saito, ao considerar a pesquisa como responsável pelo avanço da economia nacional.