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Rural Sábado, 22 de Maio de 2010, 11:18 - A | A

Sábado, 22 de Maio de 2010, 11h:18 - A | A

Potencial produtivo de MS é destacado durante palestra de ex-ministro

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Mato Grosso do Sul é a face mais visível do progresso do agronegócio em todo o País. Foi com esse teor que o ex-ministro da Previdência Social e atual consultor da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Roberto Brant, iniciou palestra, proferida ontem (sexta-feira (21) durante a 46ª Expoagro, em Dourados. A iniciativa da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) faz parte do calendário de ações da entidade, que tem por objetivo de fortalecer o conceito do produtor rural na comunidade urbana do País.

De acordo com Brant, é preciso construir uma imagem mais real e verdadeira do setor. “Infelizmente o setor não é compreendido pela sociedade. As pessoas ignoram o fato de que todo e qualquer processo de progresso é longo e o resultado desse processo longo é um mercado cada vez maior, abrindo portas e provocando melhorias cada vez maiores”, afirma. Para o consultor, a agricultura e a pecuária no Brasil se desenvolveram por descuido e são hoje as responsáveis pelo crescimento da economia brasileira.

Durante a palestra, Brant relata que, de 1975 a 2006 o País triplicou sua produção usando menos terra do que antes. Antes de 1970 o Brasil importava produtos em quantidades consideráveis, a exemplo do leite e do arroz e exportava somente café e açúcar, em pequena escala. Hoje o Brasil está em 1º e 2º lugar no ranking de produção de 12 produtos alimentícios mais consumidos. “Em comparação com demais países que possuem condições climáticas parecidas com o Brasil, o Brasil criou a primeira bem sucedida agricultura tropical. Criou-se um modelo próprio e adaptável”, ressalta.

Quantos as deficiências, o palestrante destaca as taxas de juros reais, que segundo ele são as mais altas do mundo, de 4,5%, além da dependência de crédito público e a falta de um mecanismo de proteção à produção. Ele afirma que existe uma instabilidade crônica dos preços dos produtos, o que não permite planejar com antecedência os ganhos e as perdas. “Precisamos de interlocução organizada para com o governo a fim de clarear as especificidades do setor”, aponta. “A terra está deixando de ser fruto de produção”, finaliza.

Para a diretora-tesoureira da Famasul, presente na palestra, Lizete Brito, a iniciativa marca ações alinhadas com a CNA e que precisam ser permanentes. “Precisamos esclarecer não somente a classe produtora, mas também as outras classes, quanto a importância da terra e seu verdadeiro valor para o sustento de toda a população para o crescimento econômico. Só vamos ter o superávit com as exportações do agronegócio”, diz. (Fonte: Famasul)
 

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