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Rural Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009, 18:10 - A | A

Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009, 18h:10 - A | A

Preço da carne sobe na Capital, apesar do gado mais barato

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A equação do preço da carne só é positiva para os supermercados, queixam-se pecuaristas e atacadistas. Enquanto os dois setores observam a queda no preço da arroba do boi, o consumidor paga mais caro pelo produto. Cortes populares, como patinho e coxão mole, subiram mais de 10% nos últimos meses no varejo em Campo Grande.

"O preço da arroba do boi cai, mas isso não se reflete no preço da carne no supermercado, o elo que mais ganha", afirma a assessora de economia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS - FAMASUL, Adriana Mascarenhas. "Neste momento", acredita Adriana, "no qual o consumo interno deveria ser estimulado, devido à queda nas exportações, a população é surpreendida com altas e prefere mudar para um tipo de carne de menor custo".

Segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos - Abrafrigo, o preço de alguns cortes de carne caiu no atacado. O quilo do coxão mole, por exemplo, ficou 2,6% mais barato, passando de R$ 7,70 em setembro de 2008 para R$ 7,50 em 12 de fevereiro de 2009. Outro corte popular, o patinho, caiu de R$ 7,60 para R$ 6,60/quilo no mercado atacadista.

Queda nos preços também para os produtores. A arroba do boi, que custava R$ 84,87 em setembro de 2008, chegou a R$ 75,66 em janeiro de 2009.

Frigoríficos X varejo

Mesmo com preços em queda para o produtor e no atacado, os dois cortes mais consumidos no País ficaram mais caros em MS. Nos açougues locais, os consumidores encontraram patinho e coxão mole com altas superiores a 10% entre setembro de 2008 e janeiro deste ano. O cálculo foi feito com base no Índice de Preços ao Consumidor Campo Grande (IPC-CG) divulgado pela Uniderp.

Em entrevista ao Instituto FNP, o presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, afirmou que o consumidor não sente a queda no preço da carne por que os supermercados "mantem ou elevam brutalmente suas margens de lucro para mais de 100%".

A afirmação de Salazar causou polêmica entre os supermercadistas e foi contestada pelo presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados - AMAS, Adeilton Feliciano do Prado. "Quem determina o preço do varejo é o consumidor. Nosso lucro não passa de 25% bruto, e 5% líquido", disse do Prado, sobre a carne vendida nos balcões dos supermercados no Estado. (Com informações da Sato Comunicação)

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