Preço do milho não deve cair

O excelente desempenho das exportações aliado ao forte ritmo da demanda doméstica está mantendo os preços do cereal em altos patamares no mercado interno. Conforme as informações repassadas pela assessora de economia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Adriana Mascarenhas, os preços deverão se manter elevados até a entrada da próxima safra que se intensifica a partir de fevereiro. “Tudo indica que as exportações de milho também continuarão em níveis elevados”, aponta.

Outro fator que tem contribuído com esse cenário de alta do preço é o recente programa americano de incentivo à produção de etanol através do milho que fez com que os preços da commodity disparassem na safra passada e nesta. “No curto e médio prazo, o preço deve permanecer em alta”, analisa.

Aves e suínos
A possibilidade de faltar milho tem preocupado avicultores e suinocultores. “Só poderemos analisar se isso vai realmente acontecer e suas conseqüências no próximo ano”, afirma. Conforme a economista, os avicultores de Mato Grosso do Sul compõem-se praticamente de integrados. Para eles, a ração já foi adquirida e a escassez não fará falta. “Já para os produtores de suínos fica uma incógnita”, analisa.

Mesmo com a colheita, Adriana analisa que não haverá redução de preços nos patamares dos anos anteriores. “A saca deve sim sofrer uma queda, mas os preços não serão mais àqueles de anos anteriores”.

Para a safrinha, a assessora também coloca que, apesar de ser mais arriscado, os agricultores do Estado devem investir quase que em sua totalidade nas plantações de milho. (Com informações da Sato Comunicação)