O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) Maurício Saito, afirmou na tarde desta quinta-feira (6), que a preocupação com a lagarta Helicoverpa armigera, que causou transtornos para os produtores da região do Sul do país, garantiu o controle nas lavouras do Estado.
“Por existir a preocupação, o produtor tomou as medidas necessárias, fez o dever de casa e conseguimos controlar. O produtor atendeu as orientações técnicas e mudou o manejo com o uso dos inseticidas indicados”, afirmou.
Embora o Estado não tenha passado por nenhuma situação alarmante em relação à helicoverpa, a lagarta foi encontrada em quatro regiões do Estado, nos municípios de Chapadão do Sul, Maracaju, Navirai e São Gabriel do Oeste.
Segundo o presidente da Aprosoja, o Estado disponibilizou R$ 300 mil através do Fundo de Desenvolvimento das Culturas de Milho e da Soja de Mato Grosso do Sul (Fundems) e outros R$ 90 mil, foram repassados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para a realização de estudos sobre o controle, criação e desenvolvimento da helicoverpa.
As pesquisas serão realizadas pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Fundação Chapadão e pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) de Dourados. Saito ressaltou que a preocupação é importante, pois a lagarta pode provocar muitos danos à lavoura.
“Ela tem característica peculiar, ação violenta e não define somente a folha, mas também os grãos. É uma Lagarta voraz, preocupante pelo nível de agressividade” explicou.
Os estudos, que serão intensificados, neste mês de fevereiro, serão divididos em quatro etapas. “Faremos em conjunto com a Fundação MS, Embrapa e Fundação Chapadão, o monitoramento nas áreas de lavoura para ver atuação da lagarta em áreas comerciais. Em parceria com a Embrapa faremos a criação de insetos para estudá-los e, além disso, o diagnóstico de inseticidas disponíveis no mercado e por fim, um workshop para os produtores”, explicou o presidente da Aprosoja.
Segundo Saito, a disseminação de informações sobre a lagarta é um alerta para que os produtores fiquem atentos e tenham conhecimento suficiente para controlar a praga e as pesquisas que ganharam ênfase, em fevereiro, não possuem prazo definido para conclusão.
“Não existe um prazo para encerrar as pesquisas, vamos acompanhar o desenvolvimento durante o inverno e ver como vai evoluir. A pesquisa não para”, finalizou.