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Rural Sexta-feira, 03 de Abril de 2009, 09:27 - A | A

Sexta-feira, 03 de Abril de 2009, 09h:27 - A | A

Presidente da CNA condena “invasões à caneta”

Da Redação

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, criticou ontem (02) a enxurrada de normas que ferem o direito de propriedade assegurado na Constituição. “Hoje não temos apenas as invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). Temos hoje uma série de invasões à caneta, que são a enxurrada de decretos e instruções normativas que relativizam este direito de propriedade”, afirmou a senadora, que fez palestra para 600 produtores rurais de Uberlândia e regiões próximas, durante o lançamento do CNA em Campo. Também estiveram no evento os deputados federais Marcos Montes (DEM/MG) e Paulo Piau (PSDB/MG), o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, além do Vice-Presidente Executivo da CNA, Fábio de Salles Meirelles Filho, o presidente da FAEMG, Roberto Simões, e autoridades locais.

Para a senadora, o poder público usa bandeiras sociais, como questões indígenas e quilombolas para impor aos produtores rurais o rótulo de preconceituosos e tirá-los de suas propriedades. “Não somos contra as bandeiras defendidas por eles. Somos contra as invasões ilegais. Não somos contra as bandeiras indígenas e os quilombolas, somos contra normas inconstitucionais. Se querem nos retirar de nossas terras, nos indenizem de forma adequada”, disse a senadora.

Ela informou que no dia 2 de maio, em Uberaba, haverá uma reunião das Comissões de Agricultura da Câmara e do Senado para debater a questão do direito de propriedade. Do encontro sairá a Carta de Uberaba, que será levada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com uma série de sugestões para o tema.

CNA em Campo

Kátia Abreu falou sobre a importância do CNA em Campo, que tem o objetivo de aproximar o Sistema CNA/SENAR da sociedade, por meio de discussões sobre os principais temas relacionados á agropecuária. “Vamos sair das capitais e levar nossas bandeiras e ações ao interior, aos principais pólos agropecuários”, afirmou. Quem também destacou a iniciativa foi o presidente da FAEMG. “É um projeto forte e vigoroso, que confere autoridade àquelas entidades que representam os produtores rurais”, disse.

O prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, foi outro participante que elogiou a iniciativa. “Pela primeira vez, vejo discussões que não ficam só no crédito e no financiamento da safra, pois há vários outros problemas no setor”, frisou. Para Gilman Rodrigues, secretário de Agricultura de Minas, o momento é adequado para o setor defender suas bandeiras. “Temos que fazer valer nossos princípios”, destacou.

Tempo de mudança

Os 600 produtores presentes ao encontro assistiram a uma palestra do secretário-executivo do SENAR, Omar Hennemmann, cujo tema foi “SENAR em tempo de mudança”. Em sua exposição, ele mencionou os principais projetos desenvolvidos pela instituição, que tem por finalidade incrementar as ações do SENAR de formação profissional rural e promoção social. Entre os projetos, ele citou o SENAR+100, inclusão digital rural, entre outros. Também falou da importância de se ter motivação, criatividade a atitude para alcançar os objetivos profissionais. “Atitude é tudo na vida”, enfatizou. (Fonte: Agência CNA)
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