Sábado, 04 de Maio de 2024


Rural Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008, 12:19 - A | A

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008, 12h:19 - A | A

Produtores apresentam reivindicações a Edil

Lucia Morel - Capital News

A instalação de uma Câmara Fria na Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa/MS) para venda direta da carne produzida no Estado para o consumidor final foi uma das tônicas da reunião entre o prefeito em exercício de Campo Grande, Edil Albuquerque, produtores e membros do Sindicato Rural de Campo Grande.

Nessa questão, prevê-se que a carne dos novilhos seja vendida, uma vez que os produtores perdem com a venda desses animais, já que os frigoríficos não querem pagar o mesmo preço que pagam pela carne de boi, e “é uma carne de ótima qualidade, mas como, por serem menores, dão subprodutos [como miúdos] também menores, os frigoríficos não querem nos pagar o preço ideal”, afirma o presidente do Sindicato Rural da Capital, José Lemos Monteiro.

Outro ponto debatido durante a reunião foi a nomeação dos produtores rurais como produtores de água, isso porque, segundo Lemos, “os mesmos produtores que produzem carne ou outras culturas também possuem mananciais de água em suas propriedades, então, ele é o responsável pela manutenção da qualidade da água de sua propriedade”, ressaltou.

Essa medida é pretendida para os produtores que possuem propriedades na região leste de Campo Grande, na saída para Três Lagoas, onde está a nascente do Guariroba, que abastece a Capital.

Conforme Lemos, Edil se mostrou muito receptivo quanto às reivindicações dos produtores. “Foi um encontro excelente e creio que trará ótimos resultados”, afirmou.

O prefeito por sua vez destacou que o poder público municipal fará o que estiver ao seu alcance para atender a classe, com incentivos fiscais e redução de impostos e ainda disse que irá procurar se articular com o governo do Estado para tomar medidas mais eficazes.

Frigoríficos
Durante a reunião foi debatido o fechamento de pequenos frigoríficos em Mato Grosso do Sul, fato que além de causar demissões, também prejudica a classe produtora, que não tem para quem vender sua produção.

O principal problema apontado foi a monopolização de mercado por parte dos grandes frigoríficos, que acabam “matando” os pequenos. Entre eles foi citado o Bertin, que se instalou há pouco na Capital.

Quanto a isso, o prefeito em exercício disse que “não é a intenção do governo investir num grande projeto que pode inviabilizar outros, por isso vamos analisar tudo e ver o que podemos fazer”, destacou.

A possibilidade levantada foi a de incentivos fiscais e redução de tributos.

 

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