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Rural Quinta-feira, 02 de Setembro de 2010, 09:02 - A | A

Quinta-feira, 02 de Setembro de 2010, 09h:02 - A | A

Seminário comprova lucratividade da silvicultura

Ângelo Smaniotto (www.capitalnews.com.br)

Teve início na quarta-feira (1°), em Chapadão do Sul (distante 325 quilômetros de Campo Grande) o 1° Seminário “Plantar Florestas é um Bom Negócio”, com a participação de representantes da Prefeitura Municipal de Aparecida do Taboado, da Famasul, Ademar Silva Júnior do Senar/MS, Cláudio Mendonça, do Sebrae e Sergio Longen da Federação das Indústrias de MS. No primeiro dia, em torno de 200 pessoas prestigiaram o seminário e mais de 800 assistiram pela internet.

O setor do plantio de florestas, seringueiras e eucaliptos deve desenvolver-se mais rapidamente devido a demanda da indústria de papel e celulose, carvão vegetal e produção de borracha. A cidade de Aparecida do Taboado aparece como possível pólo na produção de seringueiras devido a esses fatores.

“Mato Grosso do Sul tem áreas extensas, que podem ser aproveitadas na silvicultura sem que haja prejuízo da produção de alimentos. O Estado tem características como localização estratégica, clima e solo que podem torná-lo uma potência do setor”, afirmou o diretor administrativo da Usina Santa Helena, Fernando Guerra, que atua no ramo da indústria de borracha e participou do encontro como palestrante.

Guerra também mostrou ao público as questões referentes ao plantio da seringueira, que segundo ele precisa ser feito com base em informações para uma melhor produtividade. “Hoje, o Brasil importa 70% da borracha que precisa. A borracha é item de primeira necessidade porque é utilizada na produção de carros e até mesmo pela indústria farmacêutica. Eu busco látex até da Bahia para tentar suprir a demanda. Um produtor em Mato Grosso do Sul pode diversificar sua produção com a silvicultura e ainda aumentar os rendimentos”, avalia.

Para incentivar o desenvolvimento da atividade, os produtores da região participam do seminário, que continua na quinta (2), com a visita ao viveiro de seringueiras e a um seringal já em fase de sangria (extração do látex).

O presidente do Conselho do Senar, Ademar Silva Júnior, afirmou que os privilégios de MS para o plantio de florestas são muitos, inclusive a grande área de fronteira com outros estados brasileiros. “O objetivo de um seminário como esse é falar de negócio e oportunidade. A importância de se diversificar a produção, atrair indústrias e assim avançar”, resume. O mercado ainda está absorvendo muito a produção, que possui diversas áreas de plantio devido às pastagens degradadas (9 milhões de hectares) que podem ser transformadas em florestas.

Obstáculos

O produtor que deseja investir nesata tividade pode enfrentar um problma, o alto preço das mudas de seringueira. Em Aparecida do Taboado, o problema foi resolvido com a implantação de dois viveiros, um do sindicato rural do município e outro na Escola Agrícola.

 

Por Ângelo Smaniotto - (www.capitalnews.com.br)
 

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