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Rural Quinta-feira, 26 de Março de 2009, 11:06 - A | A

Quinta-feira, 26 de Março de 2009, 11h:06 - A | A

Usina quer mecanização em 85% da área

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O grupo Infinity Bio Energy está ampliando a capacidade e produção da Usinav e pretende implantar a mecanização da colheita de cana em mais de 85% da área de 25 mil hectares plantados em Naviraí, Itaquiraí e Iguatemi. Isto deve acontecer em menos de quatro anos, segundo o planejamento da Usinav.

Nos demais 15% de área em que as máquinas não podem ser usadas, devido a problemas de relevo e nas proximidades não o corte deverá continuar a ser feito de forma manual, mas com canavieiros qualificados, contratados na região do cone sul, com capacitação para desenvolver outros tipos de serviço, o que extinguiria a importação de mão-de-obra de outros Estados.

O vice-presidente da Infinity, Jean Lesur, disse que "em pouco tempo, os filhos de canavieiros não serão canavieiros", ao destacar que a Usinav quer "produzir energia limpa, obtendo o selo verde. Com uma gestão que privilegie também a defesa do meio-ambiente e o bem-estar de seus funcionários".

Jean Lesur afirmou que de um total de 1,4 mil canavieiros empregados hoje no trabalho braçal, esse número poderá ser reduzido para menos de 400 homens, que deverão auxiliar na implantação e manutenção de viveiros de mudas e áreas de proteção permanente.

A Usinav ainda não calculou quantas máquinas deverão ser adquiridas para levar adiante o plano de mecanização, mas se sabe que na proporção de 80 homens por máquina, seria necessária a compra de aproximadamente 20 colheitadeiras, somente para os atuais 25 mil hectares de plantio.

Após investir cerca de R$ 90 milhões (valor estimado por empreiteiros, mas não confirmado pela Usinav) na ampliação do parque industrial, para dobrar a capacidade hoje atual de 80 milhões de litros de álcool anídro-carburante e 3,1 milhão de sacas de 50 quilos de açúcar, deve pelo menos, manter o fluxo de 3,2 mil funcionários.

A chegada de um número significativo de usinas de álcool em várias regiões do Estado além de trazer importante mudança no perfil econômico de Mato Grosso do Sul e vários municípios, vai trazer também mudanças no quadro trabalhista e social desse segmento.

Muitas empresas são estrangeiras, ligadas a fortes grupos econômicos, muitas vão substituir boa parte da mão-de-obra usada na colheita da cana, por modernas máquinas colhedoras. É o caso da Louise Dreyfus de Rio Brilhante, que vai colher mais de 80% da área a ser plantada com máquinário moderno, e também do grupo Infinity Bio Energy, que opera a Usinav, em Naviraí.

Há uma grande preocupação hoje em vários setores, como no Ministério do Trabalho e Emprego, na Assembléia Legislativa e outros órgãos, quanto à questão de proteção e segurança dos trabalhadores no setor sucro-alcooleiro, conhecido pelas irregularidades que foram cometidas no passado por muitas indústrias oriundas do nordeste brasileiro.(Com informações do Sul News)

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