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Saúde Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2020, 13:57 - A | A

Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2020, 13h:57 - A | A

Aedes aegypti

Campo Grande recebe tecnologia de combate à dengue com bactéria

Wolbachia reduz as chances de o mosquito transmitir dengue, zika e chikungunya

Norton Soares
Capital News

Erasmo Salomão / ASCOM MS

Campo Grande recebe tecnologia de combate à dengue com bactéria

Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não está presente no Aedes aegypti

Campo Grande é anunciada formalmente como participante da nova estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, o “Método Wolbachia”. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esteve presente na Capital nesta segunda-feira (17), onde assinou o documento que garante o exercício da nova técnica na cidade.

 

A bactéria wolbachia intitula o projeto, ela reduz a capacidade de o mosquito transmitir a dengue, zika e chikungunya. Cerca de 2.500 profissionais de saúde, entre agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, estão sendo capacitados entre os dias 17 e 18 de fevereiro e vão atuar nas ações de vigilância, incluindo a mobilização da população nesta nova estratégia.

 

“A Wolbachia é uma tecnologia do SUS. Os primeiros testes foram realizados em Niterói (RJ) e, após os bons resultados, decidimos expandir para outras regiões de diferentes biomas, como Campo Grande. O Ministério da Saúde tem aportado recursos e mudou sua linha de pesquisa. Agora as pesquisas financiadas partem dos problemas que afetam a população e o SUS, a exemplo de soluções para doenças como dengue, malária e leishmaniose”, explicou Mandetta.

 

A assinatura do Termo de Cooperação entre o Ministério da Saúde, Fiocruz e secretarias de saúde de Mato Grosso do Sul e de Campo Grande se deu durante a abertura do “Encontro Estadual de Vigilância em Saúde: integração, vigilância e Atenção Primária. 

 

Serão apresentados e discutidas ações de imunização, vigilância das arboviroses, tuberculose e o Método Wolbachia, com a participação da equipe do World Mosquito Program (WMP), da Fiocruz, que é responsável pelo projeto, com a produção de ovos dos insetos e preparação para liberação nos locais onde o projeto se desenvolve.

 

O programa ainda deve ser levado neste ano para Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG). Reuniões de planejamento para o desenvolvimento do projeto estão previstas para 3 a 5 de março em Petrolina.

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