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Saúde Sexta-feira, 09 de Novembro de 2007, 14:06 - A | A

Sexta-feira, 09 de Novembro de 2007, 14h:06 - A | A

Risco de câncer por pílula é reversível, diz estudo

Agência JB

A pesquisa, publicada na revista Lancet, analisou 52 mil mulheres e descobriu que o risco de desenvolver o câncer cervical aumentava com a duração do uso dos contraceptivos.

Mas, depois de uma pausa de dez anos no uso, o risco voltava a ser o mesmo de antes de a mulher tomar a pílula, ou seja, o mesmo risco de quem nunca tomou o anticoncepcional.


Pesquisas anteriores ligaram o uso da pílula com um aumento no risco de câncer de mama, mas também com uma redução no risco menor de outras formas de câncer.


- A pílula ainda é umas das formas mais eficazes de contracepção e, no longo prazo, o pequeno aumento no risco de câncer cervical e de mama é compensado pela redução no risco de câncer de ovário e de útero - disse Jane Green, líder da pesquisa da unidade de epidemiologia da organização britânica Cancer Research UK, na Universidade de Oxford.


As 52 mil mulheres analisadas na pesquisa participaram de 24 estudos em vários países.


Os pesquisadores descobriram que aquelas que tomaram o anticoncepcional via oral por pelo menos cinco anos tinham um aumento no risco de desenvolver câncer cervical, que chegava a ficar duas vezes maior em comparação com mulheres que nunca tomaram a pílula.


Mas este risco caía novamente quando a mulher parava de tomar a pílula, e se normalizava depois de dez anos. No total o risco adicional de câncer cervical associado ao uso da pílula é pequeno, segundo os pesquisadores.


Em países desenvolvidos, como a Grã-Bretanha, a chance de este tipo de câncer se desenvolver em mulheres que nunca tomaram a pílula é de 3,8 para cada mil mulheres. E aumenta para quatro em mil mulheres entre as que tomaram a pílula por cinco anos e 4,5 para cada mil entre as que tomaram a pílula por dez anos.


Mas o governo britânico espera conter vários novos casos de câncer cervical devido à introdução de um programa de vacinação de adolescentes contra o vírus que causa a maioria dos casos da doença, o HPV.


Mesmo assim, especialistas afirmam que mulheres precisam fazer exames regulares para detectar o câncer cervical.

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