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Cotidiano Terça-feira, 10 de Novembro de 2009, 11:58 - A | A

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Beira-Mar diz que presídio federal é \"casa de criação de louco\"

Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves - Redação Capital News

Durante seu julgamento, o narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, disse que quer sair do presídio federal de Campo Grande. Ele é acusado de mandar matar o rival João Morel, em 21 de janeiro de 2001, na Penitenciária de Segurança Máxima da cidade.

Beira-Mar afirmou que quem planejou e construiu o presídio federal é psicopata. Ele chamou o estabelecimento de “casa de criação de louco”.

Neste instante, na Justiça de Brasília (DF), corre pedido para que ele deixe o presídio federal de Campo Grande e retorne ao Rio de Janeiro. A informação é de um dos advogados do réu, Wellington Corrêa da Costa Júnior.

Beira-Mar, durante indagações do juiz que preside a sessão, Carlos Alberto Garcete Almeida, por dois dos três promotores presentes e pelos dois advogados de sua de sua defesa, teria dado a entender que quer retornar ao presídio de Bangu 1, no Rio de Janeiro.

Ele é dúbio, mas dá a entender que prefere a antiga “casa”.

“Não quero voltar para o Rio de Janeiro. Lá, seria mais um produto. (...) Não é que eu queira continuar em Campo Grande. Eu quero é sair do presídio federal, que é uma casa de criação de louco”, afirmou em dado momento.

Todavia, ele tece “elogios” ao presídio de Bangu 1. “Lá, o sistema de segurança é rígido. Temosdireito a só dois pares de tênis e lá tem vistoria todo o dia. Quem criou o presídio federal é psicopata.”

Beira-Mar é acusado de mandar matar o trafciante João Morel, 63 anos, em 21 de janeiro de 2001.

Segundo a defesa teria dito anteriormente, a briga entre Odair e Morel teria começado porque o primeiro fora à cela de Morel pedir uma roupa, mas Morel o xingara de “vacilão pé de chinelo”.

Indagado pela defesa se essa conotação seria uma ofensa séria dentro do presídio, Beira-Mar diz que muito grave: “Lá dentro, existe uma ética completamente diferente de lá de fora. Hoje, estudantes de direito tem que fazer estágio dentro dos presídios para aprender mais sobre isso.”


Por: Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves – (www.capitalnews.com.br)

 

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