A promotoria rebateu a exposição dos advogados de defesa feita no julgamento de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, realizado nesta terça-feira, 10 de novembro, no Fórum da Capital.
O promotor Paulo Passos foi quem replicou a fala. Ele foi irônico e indagou aos jurados se eles realmente acreditavam que não existia prova para acusar e incriminar o réu.
A defesa teria dito que Morel, iria esboçar reação quando teria sido detido. Mas, “claro que vai esboçar reação”, mas o maior ferimento é causado porque ele fora emboscado e imobilizado, disse o promotor.
Segundo a defesa teria dito anteriormente, a briga entre Morel e Odair teria começado porque Odair fora à cela de Morel pedir uma roupa, mas Morel o xingara de “vacilão pé de chinelo”.
Indagado pela defesa se essa conotação seria uma ofensa séria dentro do presídio, Beira-Mar diz que muito grave: “Lá dentro, existe uma ética completamente diferente de lá de fora. Hoje, estudantes de direito tem que fazer estágio dentro dos presídios para aprender mais sobre isso.”
Sobre os depoimentos dos irmãos de Morel, Israel e Lucila, que teriam dito que não receberam ameaças de Beira-Mar, ele é enfático e diz que outros depoimentos foram marcados e eles se preservaram no direito de nada dizerem, ou seja, segundo o promotor, demonstraram claramente que temiam represália.
Sobre os depoimentos de Ivanésio de Souza, preso que teria feito a vigilância na cela de Morel durante o assassinato – que a defesa acredita serem contraditórios – Passos disse que ele sofre ameaças até hoje e que foi vítima de atentado em Ponta Porã, tendo perdido os testículos após atingido por um tiro.
Por: Marcelo Eduardo e Jefferson Gonçalves – (www.capitalnews.com.br)
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