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Cotidiano Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008, 12:47 - A | A

Quarta-feira, 26 de Novembro de 2008, 12h:47 - A | A

Campo-grandense procura irmão desaparecido em SC

Da redação (LM)

O autônomo Joel Gonçalves Dias, residente em Campo Grande, tenta encontrar o irmão, a cunhada e a sobrinha de dez anos que moram em Itajaí (SC) e que não mandam notícias desde a última semana. A cidade catarinense é uma das mais atingidas pela enchente que já desabrigou 54 mil pessoas e causou 84 mortes em Santa Catarina.

“Eu torço para que eles estejam bem, que seja só um problema de comunicação, mas a gente fica preocupado porque não foi uma simples cnuva”, lamenta Joel. O irmão, José Gonçalves Dias mora há dez anos em Itajaí, desde que se casou com Cintia Esmar Fraga, natural de Porto Alegre. Os dois tem uma filha, Manuela, de dez anos.Dias trabalha em uma marmoaria e Cintia, na rodoviária da cidade.

Joel conta que a última vez que falou com o irmão foi no início da última semana. “Tava tudo bem, ele nem comentou nada sobre a chuva”. Os dois combinaram que voltariam a se falar no domingo (23). Foi somente naquele dia que Joel ficou sabendo da gravidade da situação em Santa Catarina. “À tarde já deu ocupado direto e fiquei tentando de hora em hora e não consegui nada”, diz.

Desde então, ele tentou várias vezes entrar em contato com a Defesa Civil de Itajaí, sem sucesso. A reportagem do portal TV Morena conversou com funcionários da Defesa Civil e polícias de Itajaí e Florianópolis. Nem todos os nomes dos mortos foram divulgados pelos municípios, o que dificulta a localização de familiares e amigos. No caso de Itajaí, foi criado um blog (desabrigadosdeitajai.wordpress.com), atualizado regularmente com o nome dos desabrigados que foram levados para os vinte abrigos organizados na cidade.

Itajaí é uma das cidades mais atingidas pelas chuvas dos últimos dois meses, que se intensificaram há cerca de cinco dias. Aproximadamente 80% da cidade está submersa. A água que desce do Vale do Itajaí pelo rio Itajaí-Açu chegou com mais força à foz, inundando áreas próximas. Apenas veículos pesados conseguiam transitar pela cidade durante o dia. Nos hospitais, faltou água potável. Nos bairros a água chegou a cobrir residências e isolar famílias.

Os três acessos à cidade pela BR-101 estão cobertos d'água. A única passagem liberada é pela rodovia Osvaldo Reis, no perímetro urbano, que liga o município a Balneário Camboriú. (com informações do jornal Zero Hora).

 

 

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