Campanha contra o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) será lançada na quinta-feira (11), às 9 horas, no auditório da Casa da Indústria, na capital. A mobilização é promovida pela Fiems, Fecomércio, Famasul, Faems e a CDL de Campo Grande.
A taxa foi extinta em janeiro de 2008 livrando os brasileiros de pagar uma alíquota de 0,38% toda vez que fizesse uma transferência bancária (emitir cheque, fazer pagamentos ou usar o cartão de débito, por exemplo).
Após a eleição da presidente Dilma Rousseff (PT),14 dos 27 governadores relançaram o movimento para o retorno do imposto que seria voltado para a Contribuição Social da Saúde (CSS), com alíquota de 0,1%. O governador reeleito de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, é favorável à cobrança da taxa, mas afirma: “desde que o valor seja completamente destinado à saúde”.
As entidades representativas do setor produtivo recordam que, quando era cobrada a CPMF, a saúde nos municípios do Estado e no País não era melhor que na atualidade e também não deve melhorar com a volta do tributo.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, essa não é a saída para garantir mais investimento na saúde pública. “Temos que nos mobilizar. Os governadores têm de encontrar outra solução. Não é possível aumentar mais a carga tributária. A CPMF é um imposto de má qualidade e incide de forma cumulativa na cadeia produtiva, o que não é conhecido pela população. Há produtos que terão impacto de até 8% no aumento de custo. Isso quem paga não é a indústria ou o empresário, é a sociedade”, afirma.
Por Karla Tatiane - Capital News
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