Foi realizada nesta manhã no plenário da Assembléia Legislativa a audiência pública “Transferência de Presos – Presídio Federal – Conseqüências e providências”. O evento, realizado pelo deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) contou com a participação de várias autoridades dos órgãos de segurança, Governo do Estado, Procuradoria da República e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Compuseram a mesa de debate juntamente som o deputado Marquinhos Trad, o Secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, o diretor interino do Presídio Federal de Campo Grande, Ricardo Marques Sarto, o procurador de justiça Evaldo Borges Rodrigues, o procurador chefe Silvio Pereira Amorim da Procuradoria da Republica de mAto Grosso do Sul, o deputado Pedro Teruel (PT), o delegado da Polícia Federal Fabrício Martins Rocha e o doutor Gustavo Giacchin representando a OAB/MS.
O debate foi iniciado pelo deputado Marquinhos Trad onde falou sobre os problemas causados pela constante transferência de presos para o presídio federal de Campo Grande. Para o deputado um dos problemas esta na movimetação que os criminosos detidos no presídio podem trazer para Campo Grande. “O problema não está no que as pessoas podem fazer encarceradas mas no que elas podem movimentar. São pessoas que atuam no crime organizado, é óbvio que companheiros de ações criminosas podem se deslocar para cá.” disse o deputado. No dia 24 de outubro, dez presos, suspeitos de liderarem o tiroteio ocorrido no Morro dos Macacos no Rio de Janeiro, foram transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande. Para o deputado, a transferência foi a “gota d’água” para a Capital. “Era necessário no mínimo, fazer uma distribuição desses presos e não jogar goela abaixo como fizeram em Mato Grosso do Sul” reclama Trad.
Para o deputado Marquinhos Trad, aumento da criminalidade é a maior preocupação com a chegada de novos presos
Foto: Deurico/Capital News
Marquinhos afirma que encaminhará solitações para o ministério da Justiça, Comissão Nacional de Justiça, Governo Federal e Estadual para que seja analisado os procedimentos de transferência de presos para Campo Grande. Para o deputado estadual, este é o primeiro debate público que discute o assunto e poderá trazer bons resultados para a Capital.
Para o Secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, não há motivo para preocupação pois o Presídio Federal de Campo Grande tem toda estrutura necessária para receber os criminosos relacionados ao crime organizado. “A sociedade acaba confundindo crime organizado com o desorganizado. As medidas para o estabelecimento federal são completamente diferentes do estadual. A lei determina que os criminosos fiquem no presídio federal por um ano, podendo ser prolongada por mais um ano. Em seguida eles são levados de volta até a localidade onde foram condenados.” disse o secretário.
Para o secretário de justiça e segurança pública, Wantuir Jacini, Capital está preparada para receberdetentos ligados ao crime organizado
Foto: Deurico/Capital News
Atualmente o Brasil conta com dois presídios federais em funcionamento. Entre eles o da região de Catanduvas (PR) e o de Campo Grande. Estão programados para serem inaugurados até o primeiro semestre de 2010 mais três estabelecimentos sendo um em Mossoró (RN), Rondônia e Brasília. Hoje o presídio de Campo Grande conta com 142 presos entre eles está o mega traficante Fernandinho Beira Mar.
Por: Jefferson Gonçalves - Capital News