Os trailers de lanches que atualmente ficam na Avenida Afonso Pena podem ser remanejados para a futura Orla Ferroviária de Campo Grande. Hoje pela manhã o prefeito, em visita técnica, apresentou ao arquiteto Gil Carlos de Camillo, algumas questões que gostaria de ver incluídas no projeto, entre elas a mudança do local de trabalho dos dogueiros. Gil Carlos de Camillo explicou que o principal, para a área, é a criação de uma nova fronteira com o centro da cidade. O corredor por onde ainda passam os trilhos da Rede Ferroviária é considerado uma área de confinamento, de onde se vê o fundo das casas. Uma das propostas em análise é a de modificar esse relacionamento com o corredor, passando a interagir com a rede ferroviária, enquanto marco histórico.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, Trad disse ao arquiteto que algumas casas e características do percurso devem ser preservadas. Também a pedido do prefeito, cada um dos quarteirões que compõem a Orla Ferroviária – entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, deve homenagear as correntes migratórias que se fixaram em Campo Grande através da ferrovia.
A Orla será transformada em um corredor histórico e cultural, um espaço de convivência e preservação. O projeto se integra a outros em andamento e já concluídos, como a Via Morena e a Orla Morena (que segue até o Centro Municipal de Belas Artes), todos previstos no projeto maior, batizado de Viva Campo Grande. O recurso para a revitalização e reurbanização do corredor já está garantido por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento e será de aproximadamente US$ 2 milhões.
O presidente da Associação dos Dogueiros, Emerson do Nascimento, foi convidado pelo prefeito a acompanhar a visita técnica e disse estar otimista quanto à inclusão dos comerciantes na execução do projeto. Eles deixarão à Avenida Afonso Pena em conseqüência da revitalização da via: a prefeitura está removendo os estacionamentos transversais para da fluidez ao trânsito. (Com informações da assessoria de imprensa)
Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)