Metade da Assembleia Legislativa atual fica fora e reeleitos falam em moralização da Casa de Leis

Metade da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul continua a partir de 2010. A população foi às urnas e decidiu que 12 dos atuais 24 detentores de mandatos continuarão na Casa de Leis. Para os novos e para boa parte dos que permanecem, o discurso é de reformulação, tendo em vista os diversos escândalos sobre supostos desvios de dinheiro público.

Deputado reeleito, Marquinhos Trad (PDMB) foi o que mais recebeu votos neste pleito de 2010. Conforme 4,34% (56.287) dos eleitores, ele merece continuar no cargo. “Vou procurar trabalhar pela população como sempre fiz. Participei dos processos de diminuição do preço da energia elétrica. Agora, tem a taxa de esgoto, que é um absurdo. Espero que os outros façam sua parte. De discurso de frases de efeito o Brasil está cheio. Políticos que pregam uma coisa, mas agem de outra forma. Se engana aquele que pensa que a população não vê isso. Creio que a minha votação foi reflexo do nome de meu pai [deputado federal Nelson Trad (PMDB)], do trabalho do Nelsinho [Nelson Trad Filho (PMDB), prefeito de Campo Grande, irmão do deputado] e do meu primeiro mandato.”

Come relação aos escândalos, Marquinhos afirma que quem deve cumprir sue papel é a Justiça e a Polícia. “Eu como deputado não tenho esta função. Eu não posso investigar a Casa, a Assembleia. Mas, o Ministério Público do Estado e a Polícia Federal podem. Eles têm todos os documentos em mãos e cabe a eles este procedimento. A função do parlamentar é diferente da do Ministério, da Polícia Federal. Mas, eu vou cumprir meu mandato com dignidade.”

Marquinhos muitas vezes comentou o fato de ser excluído dos processos da mesa diretora da Casa. Indagado se com a quantidade de votos que recebeu estaria apto a entrar em uma disputa pela vaga, diz que não acredita. “Não sei. Não acredito. Na legislação passada, o campeão de votos, que foi o Professor Rinaldo (PSDB), não levou, não foi da mesa. Eu não disputarei no voto popular, mas, com os deputados. Não sei como será a cabeça deles. Mas, acredito que não votem em mim porque sabem como eu trabalho.”

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Novo deputado, Alcides Bernal fala em voto e trabalho éticos
Foto: Deurico/Capital News

Alcides Bernal (PP) é um dos novatos no Legislativo Estadual. Assim como Marquinhos, foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS). Ele também fala em moralização da Assembleia. “Trabalhei nesta campanha prestando contas da atuação como vereador. Pregando o voto ético, honesto. O trabalho da Assembleia é fiscalizar e não ser subserviente do Executivo. Parceira sim, subserviente não.” Bernal teve 2,01% (26.159) dos votos.

Carlos Marun (PMDB) continua como deputado, com 3,09% (40.163) dos votos. No TRE-MS, comentou. Na atual legislatura, ele ficou seis meses e deixou o cargo para assumir a Secretaria de Estado de Habitação e das Cidades, a pedido de André Puccinelli (PMDB), comentou que não sabe se repete o ato este ano. “Entendi naquele momento que seria mais útil na secretaria. Mas, esta é uma decisão que não compete só a mim, mas, a um grupo político que tem também o governador.”

Antônio Carlos Arroyo (PR), com 2,19% (28.489) votos, foi reeleito. Falou que prefere trabalhar neste novo mandato para trazer mais indústrias para o Estado. “A região sudoeste do Estado precisa de mais indústrias e vou trabalhar para isto.” Os citados foram os candidatos eleitos que foram ao tribunal.

Confira a lista das votações. Os nomes em negrito são os 24 eleitos. Os que estão fora da lista de eleitos, mesmo com mais votos que alguns que nela se incluem, ficaram de fora por conta do quociente eleitoral. O(s) candidato(s) que aparece(m) com zero voto pode(m) não ter votação ou estar em uma das seguintes situações: indeferido com recurso ou indeferimento, renúncia ou falecimento após a preparação de urnas.

Por: Marcelo Eduardo - (www.capitalnews.com.br)

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