A tão alardeada decisão sobre quem ficará com a vaga deixada por Celina Jallad no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE) deve sair somente na semana que vem, afirma o membro da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), deputado Marquinhos Trad (PMDB).
Na sessão de ontem (26) da Assembleia havia uma expectativa que a definição quando ao nome do novo conselheiro seria definido na sessão desta quarta-feira (27). Os nomes que ainda estão no pareo é do deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR) e a senadora Marisa Serrano (PSDB).
Segundo Marquinhos Trad, o presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB) deverá colocar o assunto em pauta e oficializar durante sessão. Em seguida, os nomes devem ser encaminhados para a CCJR que tem o prazo de 48 horas para analisar e depois devolver para a Mesa Diretora da Assembleia.
Marquinhos disse que pedirá vista no caso para ter mais tempo para analisar os nomes. Ele explica que o cargo de conselheiro do TCE é técnico e deve ser muito bem avaliado. “É um cargo técnico, não político, daí precisamos avaliar bem os nomes. Temos, inclusive de sabatinar o indicado”, disse o parlamentar.
De acordo com informações da Assembleia, o TCE ainda não mandou o edital para abertura do processo de escolha de novos conselheiro do Pleno.
Na disputa pela vaga do TCE está um embate velado entre o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) e Marisa Serrano. Arroyo é o principal candidato da própria Assembleia, e segundo uma enquete feita pela reportagem Arroyo tem o voto declarado dos deputados: Mara Caseiro (PT do B), Marquinhos Trad (PMDB), George Takimoto (PSL), Paulo Duarte (PT), Cabo Almi (PT), Pedro Kemp (PT), Laerte Tetila (PT), Paulo Corrêa (PR), Londres Machado (PR), Felipe Orro (PDT) e o seu próprio, somando 11 votos.
O escolhido para o TCE precisa somar 13 votos. Assim, teria 12 votos e mais um, uma vez que, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul tem 24 deputados. Entretanto, a possível preferência de André Puccinelli (PMDB) por Marisa Serrano e a possibilidade de uma votação secreta, onde alguns podem mudar o voto, serão decisivos para a escolha, que só deve sair na próxima semana.
Nos bastidores, as apostas são imensas e diversos nomes, entre eles o do conselheiro Waldir Neves, que já foi do PSDB, e do ex-senador Antônio João (PSD), são citados como influência na escolha de Marisa. Apesar disso, se tem ao certo que ninguém se lançou oficialmente a vaga e o próprio Arroyo, por ser da base aliada, pode não apresentar a candidatura.
Caso Arroyo e Marisa resolvam ir para a disputa no voto, cada candidato será votado individualmente e o primeiro a lançar candidatura terá a preferência. Assim, se conseguir os treze votos, elimina o concorrente. Caso não consiga, quem tiver o maior número de votos será o escolhido.
Até agora, Arroyo é o mais empolgado pela vaga, tanto que, segundo ele, já teria o apoio de ao menos uma dezena de deputados. Já Marisa Serrano, seria um indicação do governador André
Caso Marisa vá para o TCE o PMDB consegue tirar da disputa para a prefeitura de Campo Grande uma forte concorrente que facilitaria a vida de Puccinelli nas articulações para conseguir deixar um sucessor que comungue da mesma hóstia que Nelsinho Trad.
Se Marisa concordar com sua escolha assume a cadeira do Senado o suplente Antonio Russo Neto, que é dono do frigorífico Independência, que entrou em recuperação judicial em 2009, deixando uma enorme lista de credores às portas do Judiciário e deixou uma dívida na ordem de R$ 3 bilhões.
Por Eduardo Penedo - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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