Durante o anúncio do pacote de obras orçado em R$ 3,1 bilhões, o governador André Puccinelli (PMDB) se emocionou e chorou por três vezes. O discurso foi durante evento de lançamento do programa “MS Forte - Ações para o Desenvolvimento’, realizado na noite desta sexta-feira, 2 de outubro, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo. Dentre os diversos investimentos, um marca o fim do segredo da “mega obra” a ser inaugurada na Capital e outro impõe a possibilidade de programas sociais serem transformados em lei.
São 1.505 obras, sendo, segundo André, 80% com recursos próprios do Estado. O governador afirma que ao menos 50% dos recursos estão caixa.
Conforme André, R$ 600 milhões são do governo Federal, R$ 600 milhões adquiridos em empréstimo com o Bird (Banco Interamericano de Reconstrução do Desenvolvimento). “Há mais cerca de R$ 1,5 bilhão em caixa e o restante deverá vir do orçamento do ano que vem”, explica.
Os recursos parecem demonstrar que os 78 municípios sul-mato-grossenses tornarse-ão grandes canteiros de obras. “Das fronteiras boliviana e paraguaia ao rio Paraná. Do centro, na Capital, ao norte e sul, ninguém foi e nem será esquecido”, garantiu André.
Governador e parlamentares assinam proposta que torna programas sociais Vale Renda e Vale Universidade projetos de leis
Foto: Deurico/Capital News
Proposta de lei para programas sociais
Ainda este ano, os beneficiados com o Vale Renda vão receber uma 13ª parcela. Além disso, no ano que vem, o valor pago deve subir de R$ 120,00 para R$ 130,00.
Mas, os benefícios maiores com relação à área social seriam transformar os programas Vale Renda, Vale universidade e Vale Universidade Indígena em leis. André se comprometeu em encaminhar os projetos à Assembleia Legislativa.
São 55 mil pessoas atendidas pelo Vale Renda e cerca de 800 alunos que recebem bolsas de até um salário minímo pelo Vale Universidade ou Vale Universidade Indígena.
Para a secretária de Estado de Assistência Social Tânia Garib, “a grande surpresa que o governador guardou foi trazer para as famílias mais vulnerabilizadas também uma alegria a mais no final do ano”, com relação ao 13º. A respeito da transformação em leis, Tânia diz: “Isso quer dizer que, ainda que chova canivete, o Estado vai ter que prover estas pessoas.”
Serão R$ 6,5 milhões mensais a partir do ano que vem somente com o Vale Renda, segundo Tânia Garib. O novo valor mostra incremento de R$ 500 mil nos recursos atuais. Com os Vale Universidade e Vale Universidade Indígena, “tem-se mais 800 alunos vezes R$ 465,00”, diz.
Se os projetos de lei forem aprovados pela Assembleia, não podem mais ser suspensos, passa a ser política de Estado e não mais de Governo, ou seja, a não ser que outro gestor faça uma nova lei para derrubar esta, os benefícios devem, obrigatoriamente, serem mantidos.
Choro e aplausos
Parlamentares estaduais e federais, prefeitos e suas esposas, secretários de Estado e municipais, além de representantes do Poder Judiciário lotaram o teatro principal do Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo e presenciaram a abertura do evento, com apresentação do coral de crianças do educandário Getúlio Vargas (que interpretaram o Hino Nacional Brasileiro) e do grupo Acaba Canta-Dores do Pantanal.
Depois, os presentes assistiram a um vídeo sobre as ações do atual governo do Estado.
Enfim, André Puccinelli discursou. Foram mais de trinta minutos de fala, em três momentos, André se emocionou e chorou. “'MS Forte' somos todos: brancos, amarelos ou negros; índios ou brancos; pequeno agricultor familiar ou grande produtor. 'MS Forte' somos todos nós.”
“É preciso ter orgulho de dizer que nós somos do Mato Grosso do Sul [repetiu por três vezes, emocionado]. Mato Grosso do Sul somos nós”, disse, quase ao fim de sua fala oficial, o governador André Puccinelli.
Após assinaturas, evento oficial termina
Foto: Deurico/Capital News
Por: Marcelo Eduardo - (www.capitalnews.com.br)
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