Durante a primeira sessão da Câmara de Vereadores da Capital, nesta terça-feira (2), parece que a disputa interna no PDT deve continuar. Desta vez, a celeuma é entre os parlamentares Paulo Pedra e Loester Nunes para ver quem será líder da bancada este ano.
Pedra afirmou que seu colega de partido, líder, deverá passar a posição para ele, mesmo que não seja por vontade própria. Pedra disse que entregará ofício para o presidente da Câmara, Paulo Siufi (PMDB), assinado pelo partido para que efetive a troca. Em contrapartida Loester defende que “o partido não se intromete no parlamento”, disse ainda que apenas um ofício oral ou escrito assinado por ele também é que poderia passar a liderança ao Pedra. Mas ele não está disposto a isso, pois afirma não querer.
Pedra, por sua vez, afirma que no regimento do PDT está claro que o partido deve ter participação na escolha do líder da bancada. “No caso de empate quem decide é o partido. O estatuto do PDT prevê isso. "Para Loester, o empate deve ser resolvido com o critério de idade: “Nós dois queremos a liderança, há um empate, e nesse caso a liderança fica com o mais velho, que sou eu.”
“Eu poderia dedicar a liderança ao Paulo Pedra? Poderia. Mas eu não quero”, afirma Loster justificando sua atitude com o fato de Pedra já ser presidente do partido na Capital.
Siufi afirmou que para tomar a decisão, quanto ao documento a ser enviado por Pedra, terá que recorrer à orientação da assessoria jurídica da casa, para que assim possa escolher entre os critérios de indicação, do partido ou idade.
Briga pelo diretório estadual
No ano passado a executiva nacional do partido montou uma comissão provisória formada por 13 pessoas, após vencimento do mandato do deputado estadual Ary Rigo. Desde então não houve eleição.
Rigo, Onevan de Matos, Antônio Braga e Coronel Ivan de Almeida (que formavam a bancada do PDT na Assembleia) se desentenderam com a administração atual do partido no estado e deixaram a legenda.
Loester era ligado ao grupo de Rigo e agora deseja assumir a presidência do PDT. Os possíveis adversários são o deputado federal Dagoberto Nogueira e o atual presidente João Leite Schimidt. “Estou decepcionado com o PDT. Desde o nacional e também com Shimit e Dagoberto. O Brizola jamais interveio como Carlos Lupi fez [ministro do Trabalho e Emprego e presidente nacional do partido]. A sigla está sendo destruída.” O vereador finaliza: “Eu vou montar uma chapa de qualidade para salvar o meu partido. Vou lutar.”
Por: Ana Maria Assis (www.capitalnews.com.br)
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