O candidato ao Senado pelo PSOL, Jorge Batista da Silva, vem alegando perseguição dentro do partido. Ele afirma ter entrado com ação contra o presidente da sigla em Mato Grosso do Sul, Lucien Resende, no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) por conta disso.
Durante o desfile cívico do 111º aniversário de Campo Grande, realizado na Rua 14 de Julho na manhã desta quinta-feira (26), ele aproveitou para fazer campanha na Avenida Afonso Pena, quase na esquina com a Rua 13 de Maio, e comentou o assunto com o Capital News.
Para Jorge, “há inveja” dentro da legenda. “Porque eu apareço com 3% [da preferência de votos] em algumas pesquisas e, se for pegar algumas cidades em que eu tenho parentes, chego a ter 8%. Enquanto isso, o candidato ao governo [Nei Braga, que, segundo Jorge é aliado do presidente do partido], não sai do 0% ou 1%.”
Jorge credita sua pontuação nas pesquisas ao trabalho junto com o povo. “Meu primeiro suplente é um mecânico, que é o Bira. Minha segunda suplente é uma faxineira, que é a Maria Helena. (...) Recebi 25 mil manifestações de apoio à minha campanha via e-mail”, afirma.
Em julho, a cúpula do PSOL chegou a tentar modificar o nome do candidato ao Senado pela legenda. O grupo, como se lançou sozinho, sem partidos aliados, teria direito ainda a outra indicação. Mas, preferia trocar Jorge pelo presidente Lucien, conforme notícia divulgada pelo Capital News no dia 30 daquele mês.
“Eles [cúpula estadual do partido] estão me proibindo de fazer campanha no rádio e na televisão. Estão proibindo que eu faça programas”, afirma Jorge.
No link "Registro de Candidaturas" do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o único nome de representante à disputa ao Senado pelo PSOL este ano que aparece é o de Jorge.
O Capital News tenta entrar em contato com Lucien Resende via celular. As ligações não estão sendo completadas. É ouvida uma gravação de que o telefone está desligado ou fora da área de cobertura. Não é possível deixar recado.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
