Um tiro disparado de dentro de um carro, supostamente ocupado pelo procurador de Justiça Carlos Alberto Zeolla, 44, atinge a nuca do jovem Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, que é socorrido e morre horas depois na Santa Casa de Campo Grande. O caso foi parar na polícia e o principal suspeito seria o tio da vítima, que teria sido visto por uma testemunha. Ouvida mais tarde na 1ª Delegacia de Polícia, a testemunha não reconheceu ó suspeito.
O procurador de Justiça Carlos Alberto Zeola, 44 anos, foi ouvido na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) logo depois da ocorrência. Não foi informado se ele compareceu espontaneamente.
A vítima foi atingida com um tiro na nuca quando chegava em uma academia, na Rua Bahia, entre ruas São Paulo e Pernambuco, área residencial de Campo Grande. Membro do Conselho Superior do Minstério Público Estadual (MPE), o procurador prestou depoimento a portas fechadas e sem ser visto.
Segundo a perícia, a bala que supostamente saiu de uma arma do procurador, entrou na nuca e saiu pela parte frontal do crânio. O carro do procurador foi apreendido para perícia.
Conforme dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), a vítima estava arrolada em dois processos por lesão corporal leve, um aberto em novembro de 2007 e outro em 2005, ambos suspensos. O nome do rapaz ainda constava como testemunha em dois outros processos por lesão corporal leve, abertos em 2005 e 2007.
Cláudio Alexander morreu na Santa Casa de Campo Grande por volta das 11h45 e logo em seguida encaminhado ao Instituto Médico e Odontológico Legal (IMOL) para necropsia.
Um adolescente que estaria com o procurador em seu carro também foi ouvido na 1ª Delegacia de Polícia. Em princípio, alegou-se que ele era segurança e motorista do procurador, apesar da idade.
A polícia anunciou inicialmente que haveria entrevista coletiva para esclarecer o episódio, mas ela acabou sendo abortada depois que durante os depoimentos foram chamados advogados e o procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Miguel Vieira da Silva. O procurador-Geral de Justiça chegou a bater boca com um repórter. Logo após a saída dele da delegacia, a polícia anunciou que não iria se pronunciar sobre o crime. (Com informações da TV Morena)