No dia 19h, a Polícia Militar (PM) apreendeu os dois adolescentes envolvidos no assalto – ambos têm 17 anos de idade. O primeiro, preso na madrugada, teria dito que ficou do lado de fora do ônibus, aguardando escondido com uma bicicleta pronto para fuga. O outro, preso por volta das 15h45. este, teria dito que entrou e perfurou Francisco.
Assim, foram apresentados e encaminhados à Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaij).
A apreensão ficou por conta do 1º Batalhão. Segundo o comandante, tenente-coronel Evaldo Mazuy, o segundo adolescente foi encontrado no Jardim Aeroporto. Após ser detido, ele teria contado que desferiu os golpes no motorista.
No entanto, o rapaz que fora apresentado como autor foi liberado da Deaij, segundo a delegada titular, Maria de Lourdes Cano, porque não havia mandado de prisão contra ele e havia passado o flagrante.
Sendo assim, ele foi apreendido oficialmente ontem (23), pela Polícia Civil. E, após, apuração da Deaij – com base no testemunho do único passageiro no ônibus, do motorista e do vídeo da câmera de segurança do veículo – verificou-se que não havia compatibilidade física entre o suposto autor e o que aparecia no vídeo.

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Foto: Deurico/Capital News
Houve inversão dos “papéis”. O adolescente apontado como autor das facadas era na verdade o que esperava na bicicleta. O rapaz que desferiu os golpes, segundo a delegada, já participara de outros atos semelhantes.
Os comandantes das duas Polícias evitam falar em equívocos. O coronel Carlos Alberto David dos Santos, da PM, e Jorge Razanauskas Neto, da Civil, estiveram presentes em entrevista coletiva concedida à imprensa local, que contou principalmente com falas da vítima (veja notícia relacionada).
“Apreendemos os dois adolescentes infratores. Primeiro, aquele que a gente imaginava ser o comparsa. Depois, o que havia desferido as facadas. Mas, depois, verificou-se que a situação era invertida. No momento em que foi apreendido, ele admitiu o crime”, diz David à imprensa.
Indagado se essa situação poderia ser encarada pela sociedade como um equívoco da PM, o coronel, desconversa. “Houve pronta resposta. È indiferente se foi este ou aquele. Importante é a pronta resposta.”, complementou.
Razanauskas diz que não há rusgas entre PM e PC. “O relacionamento entre Polícia Militar e Polícia Civil é ótimo. Tanto que o estado maior da PM está aqui. Para a sociedade, é indiferente saber qual polícia realizou o processo.”

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Foto: Deurico/Capital News
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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