Casos de leishmaniose humana registrados em 2010 fazem com que a prefeita Dinalva Mourão (PMDB) decrete estado de emergência em Coxim (cidade distante 416 quilômetros ao norte de Campo Grande).
A decisão foi tomada na quinta-feira (16) e anunciada nesta segunda (20). O município vive infestação do mosquito fleboto, transmissor do protozoário causador da doença. A presença dele na cidade é tida desde março de 2009.
Desde então, são oito casos registrados em pessoas, sendo um de morte. O rapaz estava internado no Hospital universitário de Campo Grande (HU) para tratamento, mas, não resistiu à doença. Outras três pessoas (entre elas duas crianças) teriam morrido pela forma mais grave da doença, mas, ainda não teriam sido confirmadas.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, através das gerências de Vigilância em Saúde e Controle de Vetores, observou-se alta infestação nos bairros Vila Bela III, Flávio Garcia e Senhor Divino e, nos demais com exceção do bairro Assentamento Vale do Taquari, comprovou-se infestação.
Dinalva afirma que a Prefeitura não possui estrutura para o combate ao mosquito.
De acordo com o levantamento da Vigilância Sanitária, este ano, entre 46% e 50% dos cães examinados no município estavam contaminados pelo protozoário causador da leishmaniose.
Via assessoria de imprensa do governo municipal, a coordenadora da Vigilância Sanitária de Coxim, Adriana Haidar, orienta para que a população fique atenta e caso o animal apresentar algum sinal da doença, procurar o serviço adequado.
Os principais sintomas no animal infectado são: a queda do pêlo, emagrecimento, vômitos, fraqueza geral, apatia, febre irregular, feridas persistentes, que não cicatrizam (leishmaniose cutânea), dilatação do fígado ou do baço (leishmaniose visceral) e aumento exagerado das unhas.
Já no ser humano, os principais sintomas são: queda de pêlo, conjuntivite com muita secreção, crescimento das unhas, secreção purulenta no nariz, emagrecimento e aumento do volume abdominal.
Para se prevenir da doença, os moradores devem sempre: manter seus quintais limpos, já que o mosquito prefere ambientes em que existam sujeira, principalmente, orgânica (restos de frutas, folhas, troncos podres, por exemplo) e proteger o animal de estimação com coleira repelente.
Em Coxim, a Vigilância Sanitária está localizada na Rua Campo Grande, 82, Bairro São Judas Tadeu. O telefone é (67) 3291-7817.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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