Funcionários de empresa de engenharia participaram na manhã de hoje do lançamento da primeira adesão ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção Civil em Mato Grosso do Sul. Entre as medidas, a construtora MRV oferece uma sala de aula no canteiro de obras da capital. “O benefício maior que nós pretendemos obter aqui é a melhora no ambiente de trabalho, com isso a gente vai ter trabalhadores mais satisfeitos, mais motivados e isso vai se refletir, com certeza na execução do trabalho deles. Uma melhor qualidade, menos desperdício”, garante Sérgio Lavarini, diretor de relações institucionais da empresa.
"Melhor ambiente de trabalho é o maior benefício", diz representante da empresa
Foto: Deurico/Capital News
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil da capital, José Abelha Neto, o termo representa um passo na busca de melhores condições de trabalho e na imagem de responsabilidade social das empresas. “É um avanço que vem ao encontro com os anseios da categoria. Resolver os conflitos dentro do canteiro de obras. Vai haver uma intermediação de um trabalhador da construção civil com a empresa. A própria pessoa que vai comprar o imóvel vai saber que é uma empresa preocupada com o seu trabalhador”, acredita Abelha. De acordo com o presidente, a categoria tem como prioridade resolver questões que envolvem o assédio moral, pagamento de salários “que, às vezes, não estiver em dia ou está sendo pago ‘por fora’”, diz.
Sindicato acredita que o compromisso é uma conquita para a categoria
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O programa, lançado em março de 2012 por conta de conflitos em canteiros no ano anterior, já conta com 50 obras entre residenciais e de infra-estrutura abrangendo cerca de 150 mil trabalhadores segundo o assessor especial da Secretaria da Presidência da República, José Lopez Feijoó. Na proposta, as empresas se comprometem a “não utilizar trabalhadores de maneira informal, oferecer qualificação, implantar medidas de saúde e segurança”, diz. “O que considero essencial no compromisso é a mudança de relação capital-trabalho que ele significa por que, ao implantar na obra uma representação sindical, possibilita que os problemas do dia a dia que ocorram nesta obra, os trabalhadores imediatamente procurem seu representante, tenham uma solução. Este problema resolvido deixa de gerar um passivo trabalhista”, detalha Feijoó.
Presidência da República já implantou o compromisso em 50 obras
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O assessor ainda destaca que está sendo feito um levantamento em cada obra que aderiu ao plano para saber quais são os problemas mais recorrentes. “Desde uma queixa sobre a comida ou um pagamento que o trabalhador desconfia que não recebeu direito ou uma sugestão que ele queira dar para melhorar o ambiente de trabalho. Qualquer tema é objeto de conversa, de negociação”, considera Feijoó.
Izidro Morejuan trabalha como pedreiro há, pelo menos, 30 anos e vai ser o representante do sindicato no canteiro de obras de Campo Grande. “A nossa categoria é muito leiga, muito acanhada então precisa de uma pessoa para sanar e minimizar as situações que se passam na obra”, avalia Izidro.
Chuva impede presença de ministro
Além de representantes da empresa, dos trabalhadores, do governo do estado e da Justiça do Trabalho, o prefeito Gilmar Olarte esteve na cerimônia. O governador André Puccinelli não compareceu ao evento. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, também não esteve presente por causa do mal tempo que impediu o pouso do avião no aeroporto internacional de Campo Grande.
A obra que aderiu ao compromisso de 24 meses, é o condomínio Parque Castelo San Marino fica no bairro Pioneiros. As ações podem ser prorrogadas por até seis meses caso haja dilatação no prazo de entrega da construção.
Autoridades e prefeito da captial acompanharam a cerimônia de adesão ao compromisso
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