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Polícia Terça-feira, 18 de Novembro de 2014, 16:48 - A | A

Terça-feira, 18 de Novembro de 2014, 16h:48 - A | A

Vídeo mostra assassinos de professor em pousada e polícia apresenta autores da barbárie

Taciane Peres - Capital News

Tons de crueldade e frieza. Assim foram apresentados pela polícia os assassinos do professor Francisco Borges dos Santos, de 39 anos, Marcelo Villalba Rodrigues (23 anos) e Cleiton Cabral da Silva de (25 anos) na tarde desta terça-feira (18), na delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios (DEH) em Campo Grande.

O delegado responsável pelo caso, Edilson dos Santos detalhou como o caso aconteceu na noite do dia 9 de novembro com a morte do professor. “Nós recebemos a informação do desaparecimento da vítima e imediatamente iniciamos as investigações e começamos a investigar quais foram às últimas pessoas que fizeram contato com a vítima. Descobrimos que mensagens dos homicidas foram trocadas com a vítima pelo WattsApp (Marcelo para Francisco) para marcar um encontro. O encontro foi próximo ao terminal General Osório, foi onde Francisco deu carona para os dois rapazes (Marcelo dizendo que tinha um primo que no caso era Cleyton) e seguiram para uma pousada próxima do local", detalhou o delegado.

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Delegado responsável pelo caso Edilson dos Santos
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Proposta fatal
O motivo era enganar a vítima e posteriormente roubar seu carro, um Gol branco de placas OOL9955. Os bandidos mataram Francisco 30 minutos após o encontro na pousada. “Com a proposta de praticarem atos sexuais, o professor Francisco foi conduzido até a pousada com os dois rapazes, onde então, Marcelo sugeriu para que Francisco deitasse na cama para fazer uma massagem. Foi ai que o professor foi surpreendido com uma gravata agressiva e sangrou até a morte, rompendo sua laringe. A cama e o quarto ficaram muito ensangüentados e os dois rapazes tentaram limpar, porém a perícia conseguiu identificar sangue humano, sendo de Francisco”.

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Cleiton Cabral da Silva de (25 anos) "primo" de Marcelo
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

 

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Marcelo Villalba Rodrigues (23 anos) o autor do crime com a gravata
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Destinação do veículo
A atitude dos bandidos era de após sua morte roubarem o carro para vender peças ou até mesmo o carro se conseguissem em busca de dinheiro e sacar dinheiro do cartão de crédito da vítima, roubando seus pertences. O crime de roubo só não foi efetivado por que Marcelo e Cleiton não encontraram a documentação do veículo, e isso dificultaria o plano de atravessar o carro para a fronteira ou até mesmo em outra cidade do Estado.

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Gol branco era alvo dos bandidos para venderem na fronteira
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Na apresentação, os autores do crime não demonstraram arrependimento e muito menos, deram detalhes do fato, apenas relatando a necessidade por dinheiro. “Não tenho nada a declarar” relata Marcelo, enquanto Cleiton disse. “Apenas aconteceu, estou arrependido por que ele está morto, era só pra ele desmaiar mas acabou não acontecendo, agora já foi”, afirma Cleiton Cabral, não aparentando o arrependimento citado em sua declaração a polícia.

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Pertences da vítima apresentados pela polícia
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

 

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Delegado mostra o vídeo que foi colhido pelas câmeras de segurança da pousada
Foto: Reginaldo Coelho/Capital News

Prisão e alerta

O delegado ainda alerta as pessoas para que evitem encontros amorosos, sem ao menos conhecer de quem se trata pois o perigo é constante e em muitos casos acaba em homicídio. "É preciso ter cuidado com esse tipo de encontro, as pessoas não conhecem e acabam caindo na armadilha dos bandidos, acabam sendo "iscas" de pessoas que querem cometer roubos, toda atenção é pouca, tem que ter conhecimento de quem a pessoa vai encontrar", orienta o delegado Edilson dos Santo. Os bandidos que já tem passagem pela polícia já realizaram outros crimes com o mesmo Modus operandi em outras vítimas, foram autuados em flagrante serão indiciados por latrocínio, roubo seguido de morte e pela prática de crime de ocultação de cadáver e homicídio doloso e podem pegar pena de 12 a 30 anos de prisão.

Vídeo

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