O setor tem previsão de crescimento contínuo nos próximos cinco anos e tende a se tornar mais eficiente com o avanço de novas tecnologias que já vêm sendo adotadas
O delivery de comida segue em expansão no Brasil e tende a manter esse crescimento em 2025. A busca por praticidade faz com que cada vez mais consumidores optem por essa modalidade, tornando a rotina mais flexível.
De acordo com dados do Statista, o setor de entrega de comida no Brasil deve alcançar uma receita de US$ 21,18 bilhões até o final deste ano.
Nesse cenário, mais empresas do setor alimentício aderem ao delivery, principalmente com o avanço das dark kitchens, estabelecimentos que operam somente com entregas.
Qual é o valor projetado para o mercado de delivery de comida no Brasil em 2025?
Com uma receita estimada de US$ 21,18 bilhões para 2025, o mercado de delivery de comida deve crescer 7,05% ao ano até 2029, quando a previsão é de atingir US$ 27,81 bilhões.
A praticidade desse modelo de consumo tem se tornado uma prioridade para os consumidores. O estudo aponta que a geração Z tem um papel fundamental nesse aumento, devido à sua forte presença nas plataformas digitais.
Além disso, a diversidade da culinária brasileira contribui para o avanço do setor. A oferta variada de pratos regionais favorece a demanda por serviços locais de entrega em diferentes partes do país.
O setor também tem investido mais em marketing para atrair clientes, aumentando a concorrência entre novas marcas. Além disso, cresce a busca por opções saudáveis e por empresas que adotem práticas sustentáveis, como o uso de embalagens ecológicas.
O que impulsiona o crescimento do mercado de delivery de comida no Brasil?
O setor de delivery de comida tem registrado uma alta constante nos últimos anos. Somente no iFood, por exemplo, são realizados mais de 100 milhões de pedidos mensais atualmente.
A pandemia acelerou a adoção desse serviço, e a conveniência de receber refeições em qualquer lugar se consolidou como uma tendência. Outros fatores que impulsionam o segmento incluem:
● Busca por conveniência: a necessidade de refeições rápidas e práticas, principalmente entre os jovens da geração Z, aumenta a demanda por aplicativos de entrega de comida.
● Digitalização: o aumento da conectividade facilita o acesso às plataformas de pedidos online.
● Mudanças nos hábitos de consumo: em vez de enfrentar deslocamentos e filas, muitos consumidores preferem serviços que se adaptem a suas rotinas agitadas, tornando o delivery uma solução eficiente.
Como a tecnologia está mudando o mercado de delivery de comida no Brasil?
Os avanços tecnológicos tornam os serviços de delivery mais eficientes e qualificados. Algumas inovações já estão sendo desenvolvidas por empresas do setor, como:
● Inteligência artificial: aplicada em tecnologias como chatbots, gestão de cardápios, pagamentos e rastreamento de pedidos em tempo real. Além disso, a IA auxilia na análise de dados para personalizar o atendimento de acordo com cada cliente.
● Entrega por drones: o uso de drones e veículos autônomos permite entregas mais rápidas e eficientes, com rotas automatizadas.
● Novas formas de pagamento: a diversificação dos meios de pagamento amplia o alcance das plataformas e agrega valor ao serviço.
Além disso, as cozinhas para delivery, conhecidas como dark kitchens, continuam em expansão, otimizando as entregas ao dispensarem a necessidade de atendimento presencial. Em São Paulo, esse modelo já representa 35% dos restaurantes cadastrados no iFood.
Desafios, oportunidades e perspectivas para o futuro
Um dos principais desafios do setor de delivery no Brasil é a concorrência. O iFood domina o mercado, respondendo por mais de 80% dos pedidos realizados no país, o que reduz o espaço para novos concorrentes. Empresas como a Uber Eats tentaram competir, mas encerraram suas operações.
Além disso, restaurantes enfrentam uma crescente demanda por entregas rápidas e de qualidade. Para se manterem competitivos, precisam investir em novas tecnologias e otimizar seus processos.
Por outro lado, a projeção de crescimento do setor abre oportunidades para inovações. Mudanças no atendimento e no cardápio, incluindo opções para dietas e restrições alimentares, podem ampliar a base de clientes, como os que buscam refeições mais saudáveis.
Nos próximos anos, a expectativa é que o número de usuários de delivery continue crescendo. Além disso, a tendência é de que as dark kitchens se consolidem ainda mais, fortalecendo a participação do setor na economia e reforçando seu papel no futuro da alimentação.