As eleições presidenciais dos Estados Unidos marcadas pelo duelo entre o ex-presidente republicano Donald Trump e a atual vice-presidente democrata Kamala Harris desta terça-feira serão históricas.
Caso vença, Trump será o primeiro presidente eleito a ter sido indiciado e condenado criminalmente, após seu julgamento por suborno em Nova York e se tornará o segundo presidente da história a conquistar mandatos não consecutivos na Casa Branca, após Grover Cleveland, no final do século 19.
Se for eleita, Kamala será a primeira mulher, a primeira mulher negra e a primeira pessoa de ascendência sul-asiática a chegar à presidência, depois de romper as mesmas barreiras se tornando vice-presidente quatro anos atrás. Hoje, véspera da eleição, ambos visitam a Pensilvânia, considerado o mais decisivo dos estados-chave.
Apontados como “a maior democracia do mundo”, os EUA não elegem seu presidente por voto direto e nem sempre o eleito é quem conquista mais votos, algo difícil de ser entendido pelos brasileiros. “Não são só eleições diretas que caracterizam uma democracia. A democracia tem outras instituições que a caracterizam, como, por exemplo, o Judiciário e os direitos do cidadão, como liberdade de expressão e direito ao voto, ainda que de forma indireta. Vejo como problema maior o fato de o sistema eleitoral dos EUA ser excludente e eivado de vícios, com um monte de problemas. Por exemplo, o fato de não haver, lá, um órgão centralizador do processo, como o nosso TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, explica o pesquisador do Instituto Nacional de Estudos sobre os EUA (Ineu) Roberto Goulart Menezes.
O professor do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Virgílio Caixeta Arraes, o processo que faz a escolha indireta para a presidência norte-americana “foi assim definido como forma de evitar candidaturas demagógicas ou populistas com propostas sedutoras, porém inviáveis, ou desagregadoras. Na época, segundo o professor, avaliava-se que os delegados teriam mais experiência ou amadurecimento político que o restante do eleitorado. Leia mais aqui na Agência Brasil sobre como funciona o processo eleitoral nos EUA.
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