Ao tomar posse hoje como 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou em discurso fechamento da fronteira com o México, disse que vai tratar os cartéis de drogas como organizações terroristas e repetiu que vai retomar o Canal do Panamá. O novo presidente deve assinar ainda hoje até 100 decretos, após a posse no Capitólio, em Washington D.C., direcionados às políticas de imigração, transição energética e programas de diversidade do governo federal.
Entre essas medidas, é previsto decreto de emergência nacional que vai permitir o envio de militares para a fronteira com o México, e o início da deportação de milhares de migrantes ilegais, que prometeu na campanha. “Todas as entradas ilegais serão imediatamente interrompidas e começaremos o processo de retorno de milhões e milhões de estrangeiros criminosos aos lugares de onde vieram”, disse Trump.
O presidente também prometeu acabar com programas de diversidade, equidade e inclusão do governo de Joe Biden. “Acabarei com a política governamental de tentar fazer engenharia social de raça e gênero em todos os aspectos da vida pública e privada. Forjaremos uma sociedade que é daltônica e baseada no mérito. A partir de hoje, será doravante a política oficial do governo dos Estados Unidos que existam apenas dois gêneros: masculino e feminino”, disse.
Trump disse ainda que vai designar cartéis de drogas como organizações terroristas. “Sob as ordens que assinei hoje, também designaremos os cartéis como organizações terroristas estrangeiras. E ao invocar o Alien Enemies Act de 1798, direcionarei nosso governo a usar todo o poder imenso da aplicação da lei federal e estadual para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para o solo dos EUA, incluindo nossas cidades e centros urbanos”, declarou.
Como prometeu na campanha eleitoral, disse que irá revogar medidas de transição energética instituídas por Joe Biden. Ele afirmou que vai decretar estado de emergência energética em todo o país para perfurar mais poços de petróleo. “Nós perfuraremos, baby, perfuraremos”, disse.
Trump lamentou a tragédia causada pelos incêndios em Los Angeles, mas não fez atribuições às mudanças climáticas. O assunto da transição energética foi tratado só no campo econômico. “Os EUA serão uma nação manufatureira mais uma vez, e temos algo que nenhuma outra nação manufatureira jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país na Terra. E vamos usá-la”, afirmou.
O novo presidente citou ainda a ambição de levar o homem à Marte - o que arrancou sorrisos de um de seus principais apoiadores, o bilionário Elon Musk, dono da SpaceX. “Seguiremos nosso destino manifesto rumo às estrelas, lançando astronautas americanos para plantar as estrelas e listras (referência à bandeira americana) no planeta Marte“, afirmou. "Ambição é a força vital de uma grande nação e, agora mesmo, nossa nação é mais ambiciosa do que qualquer outra", emendou. (Com Estadão)
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