A Petrobras faz sondagens com produtores de cana-de-açúcar e de milho para criar uma joint venture e fincar novamente os pés na produção de etanol, para compensar o declínio na venda de gasolina previsto para as próximas décadas. O anúncio foi feito ontem pela direção da empresa, na apresentação do plano de negócios para os próximos cinco anos. “A gasolina vai perder mercado ao longo do tempo. Até 2040, vai crescer o etanol. A gente quer continuar grande. Vamos fazer isso entrando no nosso produto competidor, o etanol”, disse o diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim.
O plano de negócios 2025-2029 reserva US$ 2,2 bilhões - equivalente a mais de R$ 12,5 bilhões - para investimentos na produção do combustível originado do milho ou do bagaço da cana. Tolmasquim explicou que estudos ainda estão sendo conduzidos, mas que a Petrobras está com pressa para retomar protagonismo na produção de etanol. Por isso, avalia uma parceria empresarial – joint venture no jargão corporativo – para criar uma empresa. “A ideia é já começar grande. Isso pode ser implantado muito rapidamente”, completou.
A presidente da estatal, Magda Chambriard, reforçou que o etanol é o principal competidor da gasolina. “Hoje, o nosso principal produto competidor da gasolina, em um país que tem frota flex. Somos o único país do mundo que tem frota de veículos leves flex, ou seja, etanol”, declarou. O discurso é uma forma de mostrar aos investidores e à sociedade que a Petrobras não busca desenvolver combustíveis limpos - como etanol, biodiesel e energia eólica - só pelo interesse ambiental, mas também para garantir retorno dos investimentos. “É bastante rentável, atrativo economicamente”, completou Tolmasquim. (Com Agência Brasil)
LEIA A COLUNA DE HOJE CLICANDO AQUI EM MARCO EUSÉBIO IN BLOG
• • • • •