Projeto de lei que estende por mais dois anos a proibição da captura, embarque, transporte, comercialização, processamento e industrialização do dourado em Mato Grosso do Sul foi aprovado pela Assembleia Legislativa (Alems) ontem e segue para análise das comissões de mérito. De autoria do deputado Marcio Fernandes (MDB) e coautorias dos deputados Gerson Claro (PP), Neno Razuk (PL) e Paulo Corrêa (PSDB), a matéria teve voto contrário dos deputados petistas Pedro Kemp e Gleice Jane, e gera controvérsias. O presidente da Federação dos Pescadores e Aquilcutores (Fepeams), Pedro Jovem, disse ao jornal O Estado, de Campo Grande, que após seis anos de proibição da pesca do dourado a população da espécie nos rios de MS já é expressiva, o que pode causar um desequilíbrio no bioma e a outras espécies.
“Acreditam que, com já seis anos de proibição entrando para o sétimo, estão promovendo uma grande preservação da espécie, mas sabemos, por conhecimento técnico, que o número de dourados nos rios já é bastante grandioso. Isso pode e vai provocar um desequilíbrio do bioma e das outras espécies. Sabemos que o dourado é um peixe predador. Então, a gente sabe que esse desequilíbrio aí, cedo ou mais tarde, ele vai acabar mostrando o resultado negativo”, afirmou. O jornal também ouviu o doutor em biologia animal e especialista em ictiologia (estudo dos peixes) Douglas Lopes, que ponderou não haver evidências científicas que justifiquem a proibição. Para ele, reforçar medidas de preservação dos rios do Estado seria muito eficaz para proteção, não só do dourado, como de todas as espécies regionais.
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