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Marco Eusébio Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 12:51 - A | A

Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 12h:51 - A | A

Coluna Entrelinhas da Notícia

‘Projeto Anti-Oruam’ proíbe prefeitura da Capital de apoiar shows com apologia ao crime

Por Marco Eusébio

Da coluna Entrelinhas da Notícia
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Projeto de lei que proíbe a Prefeitura de Campo Grande de contratar, apoiar ou divulgar shows, artistas e eventos abertos a crianças e adolescentes, que envolvam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas foi apresentado nesta semana na Câmara pelo vereador André Salineiro. A proposta prevê multa de 100% ao valor do contrato do artista que descumprir a regra e foi inspirada em projeto apresentado em São Paulo pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), que ficou conhecido como "Projeto Anti-Oruam", depois que ela justifcou em suas redes sociais: “Quero proibir o Oruam de fazer shows em São Paulo! Chega de cantores de funk e rap fazendo apologia explícita ao crime organizado. Facções são INIMIGAS e devem ser tratadas como tal. Em São Paulo, não!”

Oruam (Mauro ao contrário) é o codnome do cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, filho do traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, preso desde 1996. Oruam despontou no cenário do trap nacional em 2021, acumula hits e foi uma das atrações do Lollapalooza 2024 quando pediu a liberdade do pai. Desde a iniciativa da vereadora paulistana, o "Projeto Anti-Oruam" tem inspirado textos semelhantes em várias cidades brasileiras. Vale lembrar que início deste mês, conforme aqui divulgado, um projeto apresentado pelo deputado Coronel David (PL) na Assembleia Legislativa (Alems) para proibir a execução de músicas com apologia ao crime, sexo e drogas nas escolas de Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, o vereador Salineiro lembrou que a cidade já recebeu apresentação com apologia às drogas na presença de adolescentes, citando a música "Verdinha", em alusão à maconha, apresentada em outubro de 2022 pela cantora Ludmilla no Campão Cultural, evento amplamente divulgado pela prefeitura. “A música diz ‘eu fiz um pé lá no meu quintal, tô vendendo a grama verdinha a um real’. Queremos que na Capital tenha essa lei e isso não aconteça em evento com recurso público municipal”, disse Salineiro.

  

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Nascido em Santo André (SP) e radicado em Campo Grande (MS) desde a adolescência, Marco Eusébio é um dos mais experientes jornalistas de Mato Grosso do Sul. Com um estilo refinado e marcante de escrever, ficou conhecido como autor de uma das mais lidas colunas divulgadas em sites de notícias do estado. Agora em formato “in blog” amplia a comunicação com seus leitores através deste Portal www.marcoeusebio.com.br ativado no dia 29/2/2009.

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