Seis anos depois do crime, o Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Juri do Rio de Janeiro condenou hoje os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes. Réus confessos, Lessa, autor dos disparos, foi condenado a 78 anos e nove meses de prisão e Queiroz, que dirigiu o GM Cobalt usado no atentado, a 59 anos e nove meses de prisão.
"A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça chega para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela Justiça", disse a juíza Lúcia Glioche ao ler a sentenças. Como firmaram acordo de delação premiada, os tempos de sentença devem ser reduzidos. Élcio ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado; e Lessa, no máximo, por 18 anos em regime fechado, mais dois anos no semiaberto.
Familiares e amigos das vítimas aplaudiram a sentença. Acusados de serem mandantes do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e outros dois investigados se tornaram réus e ainda serão julgados. Por envolver um deputado com foro privilegiado, o caso está no Supremo. (Com G1)
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