Neste domingo chuvoso de eleição para o segundo turno para presidente da República o ex-governador Zeca do PT não poupou criticas ao senador Delcidio do Amaral (PT) sobre a relação entre ele e o senador reeleito e também a respeito da atitude do mesmo nas eleições desse ano. “Delcídio foi hipócrita e injusto. Eu não tenho nenhum tipo de relação com ele. Delcídio fez campanha para André [candidato do PMDB, reeleito] e Moka [candidato eleito para o Senado]. Ele foi contra o Dagoberto [candidato do PDT para senador]”.
Após votar, no colégio Oswaldo Cruz em Campo Grande, para Dilma Rousseff (PT), Zeca disse que "não tenho bola de cristal, mas espero que a Dilma repita o bom desempenho que teve aqui no Estado", referindo-se ao primeiro turno onde a diferença entre ela e o adversário José Serra foi de aproximadamente 3% a menos. Ele acredita que a vitória de José Serra no primeiro turno se deve ao fato de que Mato Grosso do Sul é um estado muito conservador.
O ex- governador ainda afirmou que o “PT tem que investigar todos os prefeitos do partido sobre a postura que tiveram nas eleições no primeiro turno. “Dos 10 só 5 fizeram campanha para o partido, tem que apurar a conduta desses prefeitos”.
Zeca ainda disse que vai propor para os sete deputados da base aliada do PT uma “carta aberta” na Assembleia Legislativa para uma nova ordem democrática para que “haja uma gestão pública transparente”. E ainda acrescentou: “a presidência da assembleia precisa de novos nomes como Kemp e Paulo Duarte. Chega de nomes como o do Jerson, chega de Londres”, disparou.
Para finalizar, ele ainda comentou que “todos os cargos federais de Mato Grosso do Sul tem que voltar para o PT e seus aliados”.
Sobre a ausência na carreata pró-Dilma Rousseff que aconteceu ontem (30), na Capital, Zeca afirmou que estava fazendo campanha para candidata petista em Dourados e Maracaju, ao lado de militantes e lideranças políticas como Dagoberto Nogueira (PDT) e Tatiana Ujacow (PV).
Futuro político - O ex-governador petista disse não pensar no destino político depois das eleições. Ele acredita que pode se tornar mais um articulador político do que sair a candidato no próximo pleito que acontece em 2012.
Por Karla Tatiane e Chico Junior - Capital News (www.capitalnews.com.br)
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