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Nacional Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008, 11:55 - A | A

Sexta-feira, 22 de Agosto de 2008, 11h:55 - A | A

Ato em SP reúne jornalistas de todo País

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br) (WJ)

Representantes da FENAJ e de 31 sindicatos de jornalistas de todo o País participaram no dia 20 de uma manifestação em defesa do diploma e da regulamentação da profissão. O ato foi em frente à Superintendência Regional do Trabalho e precedeu a abertura oficial do 33º Congresso Nacional da categoria, que acontece até este final de semana em São Paulo.

O objetivo da manifestação era esclarecer a população que está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão final sobre a obrigatoriedade da formação superior específica para o exercício do jornalismo, notícia que as pessoas não estão vendo nos jornais ou na TV, porque não é do interesse das empresas de comunicação.

“Nossa profissão corre o risco de um grande retrocesso, que é a perda da sua regulamentação, conquistada com anos de luta. Quem tem interesse nisso são as empresas, para quem ficará fácil contratar qualquer pessoa para trabalhar, não pagar direitos, não pagar horas extras. Isso prejudica os jornalistas, aumenta a precarização do trabalho nos jornais, nas televisões. Mas também atinge a qualidade da informação, o direito de todo cidadão a ser bem informado”, destacou o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo.

O presidente do SJSP, José Augusto Camargo, afirmou que defender o fim do diploma é do interesse das empresas de comunicação, e vai na contramão da necessidade de qualificação crescente em qualquer área de trabalho: “Isso não vale só para o jornalismo, mas para qualquer profissão”.

Aniela Almeida, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, ressaltou que a importância da exigência do diploma está no fato de que ter uma formação técnica e ética ajuda o profissional a garantir o direito à informação independente e plural. “O jornalista tem o dever de assegurar que as diversas opiniões ou as diversas versões de um mesmo fato tenham seus espaços garantidos nas mídias. Os patrões dizem que a exigência de uma formação específica vai contra a liberdade de expressão. Mas isso é o que eles mesmos estão estimulando. Caso se confirme a desregulamentação, a mídia do País pode mergulhar no amadorismo, na precarização. Queremos discutir isso com a sociedade, para que apóie a nossa luta”.

Para Jim Boumelha, presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), também presente ao ato, além da regulamentação profissional - tratada de diferentes formas de acordo com as peculiaridades de cada País -, os profissionais brasileiros devem discutir que tipo de jornalismo querem fazer: “Em novembro do ano passado, profissionais de vários países da Europa fizeram manifestações, discutiram o futuro do jornalismo. Não apenas o papel e o status quo do jornalista, mas a qualidade do trabalho que se quer fazer”. (Fonte: SJSP)

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