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Polícia Quinta-feira, 21 de Maio de 2009, 15:03 - A | A

Quinta-feira, 21 de Maio de 2009, 15h:03 - A | A

Operação Las Vegas apreende R$ 80 mil e detém 17 envolvidos

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O resultado parcial da Operação Lãs Vegas, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Militar e Polícia Federal, apreendeu ontem R$ 80 mil, sendo R$ 77 mil e mais US$ 1,7 mil, além de prender 17 dos 19 envolvidos na organização criminosa que explorava jogos de azar em dois cassinos de Campo Grande, conforme informou a Promotora de Justiça Jiska Sandri Trentin.

Marcelo Santana Vaz e Luís Marcelo Villalba Campista não foram encontrados, sendo o primeiro por estar fora do país e o segundo por não ter sido encontrado o endereço residencial. Segundo ela, também foram apreendidos 97 máquinas caça-níqueis, 18 veículos, uma aeronave, computadores e notebooks (ainda não contabilizados).

A organização, que funcionava há pelo menos três anos, era comandada pelo major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho, que mantinha um cassino na Bolívia. Segundo o Procurador-Geral de Justiça Miguel Vieira da Silva, em entrevista coletiva, foi encaminhada uma representação ao Tribunal de Justiça para a perda de carga do major e a expectativa é que seja julgado em breve, já que ele possui uma representação em trânsito julgado por porte de droga.

Ele informou ainda que a organização também realizava a jogatina pela internet, onde o apostador comprava um cartão e fazia o jogo eletrônico, e ainda vendia raspadinhas que ofereciam prêmio de R$ 450 mil. Todos os 17 envolvidos presos temporariamente estão sendo ouvidos. O prazo da prisão temporária é de cinco dias úteis podendo ser prorrogada pelo mesmo período.

Ainda conforme o Procurador-Geral, os componentes eletrônicos vinham da Bolívia e São Paulo para as máquinas de caça-níqueis, que eram instaladas em Campo Grande e também na Bolívia. Eles podem ser condenados por formação de quadrilha, contrabando de equipamentos eletrônicos e prática de jogo ilícito.

A operação envolveu 146 profissionais participaram da operação em 40 endereços, sendo dois cassinos; três escritórios (um de contabilidade e dois depósitos e oficinas de máquinas caça-níqueis); 13 pontos comerciais, tipo bares; 19 residências e uma empresa de material de construção.

Prisão temporária

O major da PM aposentado Sérgio Roberto de Carvalho (chefe do esquema), Nedina Pereira da Silva (gerente dos escritórios), Cláudia Pompeu de Carvalho (gerente do cassino Mansão ou Casarão, na Vila Planalto) e Paula Jaqueline Lopes (gerente do Cassino Caju, no bairro São Francisco) estão detidos na Polícia Federal.

Já os militares Paulo Roberto Xavier (capitão da PM - gerente de logística e segurança da organização), Odilon Ferreira da Silva (auxiliar da gerente Nedina) e Marco Massaranduba (cabo da PM e teria a função de auxiliar do capitão Paulo Roberto Teixeira) estão detidos no presídio militar.

Os demais estão recolhidos na Defurv (Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veículos): Samuel Ozório Júnior (gerente geral da organização), Marcos Aurélio de Freitas (responsável pela distribuição das máquinas nos pontos), Robson Ribeiro Motta (responsável pela distribuição de máquinas nos pontos), Marcel Rodrigo de Carvalho Simões (responsável pela montagem, inserção da programação dos jogos e pelo conserto das máquinas caça níqueis da organização), Maicon dos Anjos Mussi (auxiliar do Marcel), Diones Magalhães Silva (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização, além de fazer serviço de rua, como contato com bancos e de ordem administrativa para a organização), Marcelo Pereira de Souza (contador da organização), Luiz Bernando da Silva Filho (responsável pela distribuição de máquinas em Campo Grande) e Andrey Galileu Cunha (teria sociedade com o chefe da organização criminosa no Cassino Caju).

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