Podem chegar a R$ 20 milhões os prejuízos aos cofres públicos causados pela quadrilha que agia há cerca de 40 anos em Mato Grosso do Sul e Paraná causando fraudes em licitações na área de Saúde. A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã desta terça-feira, 7 de julho, a operação Owari (fim da linha em japonês), que cumpriu 42 mandados de prisão e 85 de busca e apreensão.
As informações foram repassadas pelo delegado da PF em Dourados Braulio Galoni. Foram dois anos de investigação que culminaram em prisões de políticos, servidores públicos e empresários. A PF não divulgou nomes, mas a imprensa local avistou diversas pessoas conhecidas do público. A assessoria de imprensa da PF confirmou alguns destes nomes ao Capital News.
Estariam com prisões preventivas (por tempo indeterminado) decretadas quatro das 42 pessoas cujos nomes estão na lista da PF (Polícia Federal) de suspeitos de envolvimento em esquema de fraude em licitações a respeito da área de Saúde em quatro cidades do Mato Grosso do Sul e duas do Paraná. As demais pessoas teriam prisão temporária (por cinco dias) decretada.
Sizuo, Dinho e Eduardo Uemura seriam os que devem ser presos preventivamente, além de um de seus funcionários. Mas, a informação ainda não foi confirmada pela PF. Os Uemura são donos do Hospital da Mulher em Dourados (cidade do sul do Estado e que fica distante 228 quilômetros da Capital). Helena Uemura, estaria entre as pessoas que devem ter prisão temporária decretada.
Os empresários seriam suspeitos da organização que teria também, segundo a PF, braços nas Câmaras de Vereadores de Dourados e Naviraí e na Prefeitura de Dourados. Estariam também envolvidos: os secretários municipais de Dourados Sandro Barbara (de Saúde) e Darci Caldo (de Governo), o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Urbano de Dourados Carlinhos Cantor (PR) e o assessor da Prefeitura de Dourados Jorge Balzaquer.
Ainda de forma não oficial, a PF deixa escapar nomes como: os vereadores de Dourados Sidlei Alves (presidente da Câmara), Júnior Teixeira, Paulo Henrique Bambu; o vereador de Naviraí José Odair Galo (presidente da Câmara) e Eduardo Esgaib Campos; o vice-prefeito de Ponta Porã Consalter, e sua mulher. Também estariam na lista: André Tetila, filho de Laerte Tetila, ex-prefeito de Dourados; José Carlos Toinech, ex-secretário de Gestão de Dourados (da época de Laerte Tetila); João Paulo Esteves (ex-secretário de saúde de Dourados) e Evandro Rosa (que seria da secretaria de Saúde na gestão de Tetila).
Márcia Fagundes Geromini, assessora da Prefeitura de Dourados, e Gilmar Corbari, dono de empresas de transporte em Ponta Porã estariam na lista também. Os nomes não foram confirmados oficialmente pela PF, mas a assessoria de imprensa confirmou ao Capital News que todos os nomes já divulgados na imprensa já estariam na lista. Todos ainda são considerados suspeitos.
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