Suspense sobre a possível implantação da fábrica de fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas (cidade distante 334 quilômetros a leste da Capital). Seis representantes da multinacional brasileira se reúnem com a prefeita Simone Tebet (PMDB) e o governador André Puccinelli (PMDB), na Governadoria, para discutir “assuntos técnicos de viabilidade”.
A estatal pretende construir três grandes fábricas em todo o País, com intenção de tornar o Brasil autossuficiente. Tudo corre em sigilo. Mas, um dos novos empreendimentos é disputado por Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo.
Nenhum dos técnicos e nem o governador (ou secretário seu) quis se pronuncia. Simone foi quem conversou com a imprensa. Porém, sem detalhes. Disse em algumas oportunidades não tê-los e em outras não poder citá-los.
“Estamos quebrando etapas, transpondo limites para que em determinado ponto – não posso dizer ainda quando – a Petrobras possa dar um presente para Mato Grosso do Sul e dizer que Três Lagoas terá a fábrica de fertilizantes”, diz a prefeita.
O que já está certo é que governos do Estado e Municipal já se comprometeram em doar toda terra que se faça necessária para a edificação do projeto. Se a empresa se instalar na cidade sul-mato-grossense, estima-se que traga 8 mil empregos durante a construção e cerca de 600 quando em funcionamento.
Conforme Simone, os processos que estão em andamento de forma mais concreta são relacionados a questões ambientais, de infraestrutura e tributárias.
Outras duas cidades disputavam com Três Lagoas a possibilidade de receber a fábrica, Campo Grande e Corumbá.
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Foto: Deurico/Capital News
Segundo Simone já havia informado ao Capital News (confira matérias relacionadas), os técnicos procuram cidades com algumas características: estar próxima ao Rio Paraná [por ser hidrovia e por uma empresa deste porte utilizar muita água], próxima às tubulações de gás vindo da Bolívia, com logística suficiente e que esteja próximo aos principais mercados dos produtos a serem comercializados, que são os Estados de São Paulo e Paraná. Dentre as concorrentes, só Três Lagoas teria tudo isto à disposição. A Capital não possui água suficiente e Corumbá fica distante demais dos Estados alvo.
O volume em dinheiro esperado devem ser de até R$ 3,5 milhões, segundo Simone. A cidade administrada por ela já conta com duas fábricas de gigantes multinacionais, a Votorantin Celulose e Papel (VCP) e a International Paper, que montaram parceria para construir lá.
A VCP se uniu à Aracruz e formou a Fibria, que pretende duplicar a unidade de produção de celulose em Três Lagoas. A capacidade de produção também deve crescer, atingindo cerca de 1,5 milhão de toneladas por ano, segundo veiculado pelo jornal Valor Econômico, em setembro, quando da oficialização da junção das duas empresas.
A VCP gerou cerca de 8 mil empregos quando da construção. Os produtos feitos lá são direcionados à exportação para mercados como a Ásia, Europa e América do Norte.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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