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Cotidiano Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011, 08:22 - A | A

Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2011, 08h:22 - A | A

Agentes pedirão auditoria nos recursos repassados a Nelsinho

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Em resposta ao prefeito Nelsinho Trad, que está em Brasília “denunciando” a greve dos agentes ao Ministério da Saúde, integrantes da categoria prometem ir à capital federal pedir auditoria nos repasses federais feitos ao município para combate à dengue. Prometem levar o assunto também para os Conselhos municipal e estadual de saúde. Desvios das verbas para outras finalidades, os gastos com a compra de uniformes, entre outras rubricas, merecem no entender dos trabalhadores uma séria fiscalização dos órgãos competentes e da sociedade civil.

Para os trabalhadores, o prefeito tem uma postura intransigente e incompatível com o seu próprio passado, supostamente trabalhista (PTB). “Agora ele quer multar o trabalhador por ele estar em greve. Veja bem, multar”, ressalta uma agente de saúde, revoltada com a forma do prefeito tratar a reivindicação dos trabalhadores.Os agentes contestam a afirmação do prefeito sobre as reivindicações. Segundo o representante do comando de greve, Amado Cheikh, o que a categoria reivindica é a produtividade e não aumento no salário-base.

“Nossa luta no momento é pela produtividade. Um agente de saúde ganha em Campo Grande atualmente R$ 523,00 de salário mais 170,00 de produtividade. Essa é a realidade. Menos que em Aquidauna e Paranhos, por exemplo. O aumento da produtividade é possível do ponto de vista legal e existe verba federal para isso. E mais, a nossa proposta prevê a produtividade de acordo com o cumprimento de metas .”
Os agentes denunciam também o nepotismo imperante na prefeitura de Campo Grande, onde inúmeros parentes do prefeito e da primeira-dama ocupam cargos na gestão, como o próprio secretário de saúde, que hoje é um cunhado e antes era um primo, entre outros casos, entre os quais a diretora do CCZ.

Representantes do comando de greve estiveram ontem no Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), na CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) e alguns sindicatos pedindo apoio ao movimento. Segundo Haroldo Borralho, do Cedampo, a preocupação da sociedade civil é grande pois nesta época do ano existe a proliferação do mosquito. Por outro lado considera a necessidade do diálogo entre a prefeitura e os grevistas para se encontrar uma solução.

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