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Na sexta-feira (19) a partir das 9 horas os servidores farão uma mobilização em frente ao presídio de Segurança Máxima de Campo Grande
A decisão de aderir à paralisação padrão nacional de 48 horas foi definida durante Assembleia Extraordinária que aconteceu na segunda-feira (15) na sede do Sindicato dos Agentes penitenciários (Sinsap). Os servidores foram unânimes em votar pela adesão da mobilização.
A paralisação que acontece em todo o país e é uma ação em conjunto da Febrasp e Fanaspen. A manifestação é contra as reformas trabalhistas, da previdência e pela constitucionalização da carreira do Agente Penitenciário.
Além da votação pela paralisação, na ocasião foi falado sobre a Campanha salarial 2017, em que o governo até o momento não chamou nenhuma categoria para negociar, entretanto o Sinsap tem cobrado constantemente um posicionamento e na ocasião foram debatidas ações de operação padrão em todo o estado.
O presidente do Sinsap André Luiz Santiago ressaltou a importância da categoria neste momento decisivo. “Nunca foi tão importante este momento para a nossa classe. O que for decidido agora terá reflexo não somente para nós, mas também para os próximos servidores que virão”, enfatiza Santiago.
Vale ressaltar que os servidores penitenciários já haviam votado em Assembleia pela paralisação do dia 4 de maio que foi adiada, devido o relator, deputado Arthur Maia ter colocado temporariamente os Agentes Penitenciários no relatório final da PEC 287, reconhecendo a periculosidade da profissão e dando o direito pela aposentadoria especial. Entretanto, logo em seguida o próprio relator retirou os servidores do texto, isso causa uma desmobilização de alguns Estados.
“Precisamos pressionar e mostrar que não aceitamos o que o governo quer fazer com a classe trabalhadora, precisamos nos unir em prol do bem coletivo e garantir os nossos direitos de aposentadoria, quanto maior a participação dos servidores, mais impacto causará e mostrará a nossa indignação”, declara o presidente do Sinsap.
Desta forma a paralisação é para mostrar a revolta da categoria que coloca sua vida em risco todos os dias, para garantir a segurança da sociedade e que trabalha sobre o descaso das autoridades. “É inaceitável o fato do Agente Penitenciário não ser reconhecido como atividade de risco, lidamos com a criminalidade diariamente, sofremos ameaças e muitas vezes colegas perdem a vida no exercício da profissão, que nem direito a aposentadoria especial tem”, enfatiza Santiago.
A inserção dos Agentes Penitenciários no relatório final da PEC 287, em que incluiu os servidores na aposentadoria especial é um dos motivos da paralisação. Entretanto, a aprovação da PEC 308 é uma das principais bandeiras da classe, que luta para ser reconhecida constitucionalmente e inserida no artigo 144, com as demais categorias da segurança Pública.
Devido à paralisação no Sistema Penal no país, não haverá atendimento aos advogados; aos oficiais de justiça, salvo alvará e mandado de prisão de réu preso; banho de sol; visita; assistenciais penais; atendimento a pauta da justiça; atendimento a saúde, exceto urgência e emergência; recebimento de presos e atendimento ao público nos patronatos e setores administrativos.
Na sexta-feira (19) a partir das 9 horas os servidores farão uma mobilização em frente ao presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e no Sábado (20) a mobilização será em frente ao presídio Estadual de Dourados.