Após informações divulgadas na imprensa de que o Ministério Público Estadual teria elaborado uma minuta, algumas pessoas entenderam equivocadamente de que seria vetada a gratuidade do passe estudante em 2010. Temendo isso, representantes estudantis estiveram reunidos na manhã dessa quinta-feira, 29, com as Comissões de Transporte e Trânsito, vereador Lídio Lopes (PP), Mário Cesar (PPS), Paulo Pedra (PDT), e de Educação, Flávio César (PT do B) e professora Rose (PSDB).
De acordo com a Lei de 1993, a gratuidade deveria corresponder a 9% do total de usuários do transporte coletivo. Atualmente, aproximadamente 17% dos usuários têm o benefício. Para os vereadores, a mudança deve ocorrer no critério estabelecido. “Não tem um vereador se quer levantando a hipótese de barrar o passe. O que se quer é estabelecer um critério”, afirma p vereado Mário César, diante a pressão dos estudantes.
Ainda de acordo com o vereador, um estudante que tem disponível uma escola próxima de casa e que escolhesse estudar em uma mais distante, assim necessitando do passe, teria que arcar com sua despesa.
A presidente do Conselho da Juventude de Campo Grande, Karoline Mendez, teme eu os passe ao estudante não seja garantido. “Se vocês sentarem com o Ministério Público para discutir a tarifa, isso vai incluir a gente também”, declara.
Reunião foi na Câmara municipal de Campo Grande
Foto: Deurico/Capital News
Tarifa x Qualidade
De acordo com Mário Cesar a pauta de suas discussões não é a tarifa. “Não estamos discutindo o preço, estamos discutindo a qualidade do transporte.” Mas para o vereador Lídio, o valor da tarifa não é problema. “Eu sou membro da Assembléia de Deus, onde tem 20 mil pessoas e lá não tem ninguém reclamando parra mim de preço”, explica.
Vereador Mário Cesar
Foto: Deurico/Capital News
A autônoma Vanessa Ferreira Cardoso, 27 anos, diz usar o ônibus “pra tudo”, mas na agrada com o valo da tarifa. “É muito cara. No fim do mês voe gasta bastante”, explica.
Segundo ela, os ônibus não dispõem de qualidade para recompensar. “Eles demoram para passar, quando passam o ponto já está cheio e fica lotado o ônibus”, afirma Vanessa.
Para a aposentada Maria di Niz, 69, mesmo fazendo parte dos beneficiados acha a tarifa “abusiva.” “Eu tiro pelos meus netos porque é ruim para eles pagarem.” Mas com relação a qualidade a aposentada tem experiência de sobra. “Eu moro em Jaraguari, pago R$ 5,50, para vir parra campo Grande e levo 45 minutos. Quando chego aqui (Campo Grande) da Afonso Pena na casa da minha filha levo quase 3h”
Por Reginaldo Rizzo e Marcelo Eduardo- (www.capitalnews.com.br)
