O governador André Puccinelli, se reuniu hoje com a equipe do Banco Mundial (Bird) para definir toda a parte técnica do empréstimo para Mato Grosso do Sul. Os técnicos se mostraram surpresos com o planejamento feito pelo governo estadual para a área de infraestrutura. “A visita é técnica. Estamos com uma impressão muito boa em relação à visão do governo no desenvolvimento do Estado. Também ficamos bastante impressionados pela qualidade e potencialidade do governo e achamos que serão atributos chaves para permitir um deslanchamento rápido da parceria com o Banco Mundial”, afirma o especialista de Transporte Sênior do Bird e Co-líder da operação, Aymeric Meyer.
Puccinelli apresentou este ano carta-consulta ao Bird, com pedido de empréstimo no valor de US$ 300 milhões e contrapartida do Estado de US$ 75 milhões para investimentos em infraestrutura, principalmente rodovias. O pedido foi feito baseado na avaliação do Tesouro Nacional sobre a capacidade de endividamento de Mato Grosso do Sul, que foi ampliada para R$ 700 milhões. Na reunião, o governador apresentou à equipe do Bird os oito projetos prioritários para o desenvolvimento do Estado e a importância das rodovias para o setor produtivo. “O contrato deve se realizar de março a maio do ano que vem”, afirma.
Segundo Aymeric, em nível técnico, o banco e o Estado já chegaram a uma visão comum de como o banco pode apoiar o desenvolvimento do Estado. “O próximo passo agora é a autorização do empréstimo junto ao governo Federal”, explica ele. Para o secretário estadual de Obras Públicas e Transportes, Edson Giroto, o saneamento financeiro do Estado feito pelo governador trouxe para o Estado a possibilidade de um programa de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. “O Estado é carente hoje de malha rodoviária. Temos 3.300 quilômetros de rodovias pavimentadas em péssima situação, que será restaurada, melhorada, toda refeita. Temos também 16 mil quilômetros de malha sem asfalto e esse programa do banco vai possibilitar que o Estado se desenvolva, tanto na região Norte como na região Centro, Centro-sul”, explica.
Todas as obras do programa, continua Giroto, serão contratadas por licitação internacional. “O Bird nos permitiu e isso é uma determinação nossa e do banco. Isso dá credibilidade e respeito. Podemos licitar os projetos, iniciar e depois do contrato de empréstimo assinado entre o Estado e a União, o banco nos reembolsará”, finaliza.(Com informações do Notícias MS)
Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)
