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Cotidiano Segunda-feira, 09 de Maio de 2022, 11:12 - A | A

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Descoberta

Bioparque Pantanal tem reprodução inédita no mundo de espécie descoberta em MS

Tetra de cauda vermelha, foi reproduzido de forma inédita

Enoque Trefzger
Capital News

Divulgação/Gov MS

Espécie de lambari tem um potencial ornamental muito grande

Biológo explica que espécie de lambari tem grande pontencial ornamental

Uma nova espécie foi descoberta para ciência, após mais de dois anos em uma flente do Rio Correntes, entre os estados e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul , o Tetra de cauda vermelha, de nome científico astyanax sp, foi reproduzido de forma inédita no mundo no Bioparque Pantanal.

 

Maior complexo de água doce do mundo fica localizado na Capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande. No local vivem 220 espécies de animais pantaneiros e de outras regiões do planeta.

 

 De acordo com o biólogo e curador do Bioparque, Heriberto Gimênes Junior essa espécie de lambari tem um potencial ornamental muito grande e foi a primeira a ser reproduzida dentro do complexo, no tanque Veredas, o primeiro tanque a ser habitado por peixes desde a inauguração do espaço, em março deste ano.

 

Heriberto explica ainda que um dos fatores que levou a reprodução foi o estresse provocado pelo transporte até o local. “Quando as matrizes estão prontas para reprodução, principalmente esse gênero de lambari, algum estresse pode provocar a reprodução, então provavelmente essa transferência provocou esse estresse neles e quando chegaram aqui desovaram”, explicou o curador que ainda citou outros fatores que também podem ter contribuído para o nascimento de filhotes, como a mudança de temperatura e parâmetros da água.

 

Por ser uma espécie nova, pouco se sabe sobre ela que será objeto de estudo por especialistas. De acordo com o curador do complexo aproximadamente 150 filhotes nasceram nessa remessa. “Macho e fêmea liberaram os gametas e os ovos aderem em folhas ou paredes do tanque, dependendo da temperatura, demoram de um a dois dias para eclodir”.

 

Entre as principais características da espécie estão o tamanho, que pode variar entre 5 a 13 centímetros e a cor do corpo que pode variar do prateado ao verde oliváceo. Já as nadadeiras podem ser da cor laranja ou vermelha.

 

Apesar de já existir há milhares de anos, sua descoberta tem um grande valor para a ciência. Para Heriberto a reprodução do Tetra de cauda vermelha em um aquário contribui para sua preservação.

 

“Ela veio de um lugar restrito, um rio que sofre muito impacto com relação a cana, a soja e o gado. A tendência é que esse rio sofra muito com o desmatamento e provavelmente quando o rio é prejudicado, as espécies que ali estão, também são prejudicadas, pois perdem a proteção e a mata ciliar”, explicou.

 

 

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